terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Recife! Cidade do mangue onde a cerva é a insurreição

Placa na frente da Apolo Beer Cafe (sem acento mesmo)

Após passar réveillon na Ponta de Serrambi, uma bela praia pernambucana, no início do ano estive em Recife e aproveitei para fazer turismo pelo centro histórico junto com amigos. No meio daquelas ruas estreitas e de fachadas antigas, nos deparamos com um pequeno espaço cervejeiro denominado Apolo Beer Café (https://www.facebook.com/apolobeercafe/).

Logo na entrada, uma pequena placa dava a senha: #beba local. Inicialmente achei que se tratava de uma espécie de clube virtual (assim como o famoso “clube do vinho") que busca difundir não apenas a cerveja artesanal, mas também café e comidas locais. Mas devidamente informado pelo pessoal do Apolo, descobri que o #bebalocal é um movimento para difundir a Cultura Cervejeira semelhante ao #supportyyourlocalbrewery existente nos EUA. Enfim um conceito que não é apenas extremamente simpático, mas que também é justamente um dos objetivos do presente blog. Assim como em viagens eu sempre procuro descobrir cervejas artesanais produzidas na região, acho que essa política também deva se aplicar, de forma mais ampla, para a cultura e a gastronomia. Ao difundirmos #bebalocal estamos valorizando efetivamente não só o produtor local, mas também viabilizando nosso sagrado direito de degustarmos verdadeiras cervejas artesanais que produzem o que há de melhor no ramo.

Mas voltando ao Apolo Beer Cafe (sem acento mesmo), trata-se de um simpaticíssimo espaço destinado aos bons cafés e cervejas, tendo como foco justamente aquelas produzidas em Pernambuco. Embora pequeno, o local é bem aconchegante e conta ainda com um sofá, semelhante ao da sala de estar da minha própria casa. Soube ainda que também rola música ao vivo, mas infelizmente não pudemos presenciar no dia e horário que passamos por lá. Espero retornar em breve para poder curtir isso também. 
Ekaut American IPA 1817, degustada no Apolo Beer Café

Dentro, sentados confortavelmente na ala do sofá, pudemos degustar na torneira uma Ekaut American IAP, bastante lupulada, com notas cítricas também, muito provavelmente decorrente da combinação de lúpulos da receita, Para conhecer mais: http://ekaut.com.br/#!/nossas_cervejas

Lembramos que nos dias anteriores, ainda na praia, pudemos degustar outra cerveja dessa mesma cervejaria (que está completando seu primeiro ano de vida). Era uma Ekaut IPA 1817, cujo nome remete à Revolução Pernambucana que nesse ano completa 200 anos. Trata-se de um movimento emancipacionista que teve como uma das causas a influência de ideais iluministas e que chegou, de fato, à tomada de poder por um período de 75 dias, quando estabelecerem um governo republicano provisório (para saber mais: http://www.historiabrasileira.com/brasil-colonia/revolucao-pernambucana). 

Ekaut APA 1817, degustada na garrafa 
A APA 1817 faz jus ao nome que leva e, como não poderia deixar de ser, também carrega bastante no lúpulo. Pessoalmente me agradou muito,. Bom saber que os ares de Pernambuco, que já inspiraram grandes movimentos revolucionários não só na esfera política, mas também na música de gente como Chico Science (de quem orgulhosamente parodiei o título dessa postagem), sopraram sobre o universo cervejeiro. Para mim, foi uma grata surpresa.

Infelizmente, devido à agenda apertada, tivemos pouco tempo para usufruir o local, mas ainda levei para viagem uma garrafa de outra cervejaria local: Maracatu IPA, da Patt Lou. Em outra postagem falarei sobre ela. 

Até o próximo episódio. 





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