tag:blogger.com,1999:blog-15901610304448214772024-03-13T09:09:57.732-07:00Revolução Artesanal Procurando desvendar o universo da cerveja artesanal em toda sua essência Paulo Burianhttp://www.blogger.com/profile/07505773179450382133noreply@blogger.comBlogger27125tag:blogger.com,1999:blog-1590161030444821477.post-40267471768535086602017-07-26T20:23:00.002-07:002017-07-27T06:08:41.087-07:00Cervejas artesanais: das caseiras do Leonardo Soares às microcervejarias<div style="text-align: justify;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-z0TgFDQyMQg/WXlSAKoxtCI/AAAAAAABHa8/WoUwO4kU5r8iL-LVuKZhF0JLAEJl-XhKwCEwYBhgL/s1600/aquallungi.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="528" data-original-width="534" height="316" src="https://1.bp.blogspot.com/-z0TgFDQyMQg/WXlSAKoxtCI/AAAAAAABHa8/WoUwO4kU5r8iL-LVuKZhF0JLAEJl-XhKwCEwYBhgL/s320/aquallungi.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Aquallungi, uma autêntica cerveja artesanal Belgian Tripel, do Leonardo Soares</td></tr>
</tbody></table>
<br />
Uma pausa hoje para explicar alguns conceitos que tenho utilizado que podem confundir um pouco.</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Basicamente, o foco deste blog são cervejas artesanais e assuntos correlatos. Mas o que viria a ser cervejas artesanais? O que quero dizer como isso? Quais seriam os preceitos fundamentais para que eu denominasse uma ou outra cerveja como artesanal?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://4.bp.blogspot.com/-ZUu3smbL1jE/WXlZ2rXOynI/AAAAAAABHb0/SocAXxAKNOM8_2ce2uJUci2zVoDLuYJlwCEwYBhgL/s1600/revolucaodacerveja.png" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="627" data-original-width="430" height="320" src="https://4.bp.blogspot.com/-ZUu3smbL1jE/WXlZ2rXOynI/AAAAAAABHb0/SocAXxAKNOM8_2ce2uJUci2zVoDLuYJlwCEwYBhgL/s320/revolucaodacerveja.png" width="219" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Capa do Livro citado de Steve Hindy</td></tr>
</tbody></table>
Bem, vamos com calma. Há uma série de definições, uma mais restritivas e outras mais abrangentes, mas para efeito do presente blog, pretendo adotar a definição de que cervejas artesanais são aquelas cujo cervejeiro é o responsável direto pela receita e pelo seu estilo. Não está lá apenas cumprindo uma determinação externa, provenientes de uma estrutura hierárquica. Para ir mais longe, podemos ainda citar a definição utilizada por Steve Hindy |(autor do livro Revolução da Cerveja Artesanal) de que as cervejarias artesanais devem manter-se pequenas, "ser independentes e todas as cervejas devem ser de malte (em lugar de aditivos de arroz e milho usados pelas grandes cervejarias)" [1]. Nesse sentido, cervejarias que iniciaram independentes, mas foram adquiridas por alguma grande corporação, como a Eisenbahn ou a Wals, não considero como artesanais.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Isto posto, temos um grande universo de cervejeiros artesanais. Entretanto, há diferenças nesse meio. Basicamente podemos dividir as artesanais em dois grandes grupos: os cervejeiros caseiros e as microcervejarias. Essa divisão aqui adotada não tem a pretensão de ser uma linha definitiva e instransponível, nem tampouco considero a única conceituação aceitavel. A transformação de um cervejeiro caseiro em microcervejaria pode ocorrer de forma gradual. Muitas das que tenho citado aqui encontram-se no meio do caminho entre caseiras e microcervejarias. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os cervejeiros caseiros são aqueles que fazem cerveja em suas próprias residências, com pouco espaço, investimento menor ainda e muita (mais muita mesmo) criatividade. Fundamentalmente são amadores, ou seja, possuem uma outra atividade profissional e tem, na brassagem, muito mais um hobby, ainda que levado cada vez mais a sério. Trata-se de um grupo que tem crescido exponencialmente e está sempre em busca de ampliar seus conhecimentos, fazer cursos, se aprimorar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Um exemplo clássico de cervejeiro caseiro em Curitiba é Leonardo Soares. Geólogo da Intertechne, descobriu em outubro de 2011 que era possível fazer cerveja em casa quando conheceu a Hop'n Roll. Desde então, comprou o equipamento necessário, fez as devidas adaptações e resolveu transformar a garagem do sobrado onde reside em sua própria cervejaria. Em 2015, quando eu comecei a me interessar em fazer cerveja em casa, tive a oportunidade de acompanha-lo na brassagem de uma Belgian Tripel, batizada de Aquallungi. Cerveja, aliás, que ficou muito boa, com aroma cítrico e bem equilibrada.<br />
<br />
A estrutura que ele preparou me surpreendeu: em um pequeno espaço organizou tudo meticulosamente, e apresentava uma disposição perfeita de cada equipamento. Como cereja do bolo, a receita copiada em giz na parede pintada com tinta de lousa. Nos fundos da casa, uma velha geladeira adaptada para ser o fermentador.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://4.bp.blogspot.com/-B4-EgVi1Rt4/WXlSmLu5YPI/AAAAAAABHbk/ZApPntreXTEu-1Xs2n2gdWuhft4FnARUACEwYBhgL/s1600/IMG_1794.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="300" src="https://4.bp.blogspot.com/-B4-EgVi1Rt4/WXlSmLu5YPI/AAAAAAABHbk/ZApPntreXTEu-1Xs2n2gdWuhft4FnARUACEwYBhgL/s400/IMG_1794.JPG" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Leonardo Soares (camiseta branca) em sua cervejaria na própria garagem</td></tr>
</tbody></table>
Tal como outros caseiros, Léo tem sempre procurado se aperfeiçoar fazendo cursos e se capacitando também para julgar cervejas (já obteve certificado da BJCP). Enfim, é um estudioso do tema. Sua produção acaba sendo mais para seu próprio consumo, além de repassar a amigos. Até hoje já foram 52 levas de cervas, além de um hidromel. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Como bom cervejeiro caseiro, tem sempre um toque de irreverência. <span style="font-family: "helvetica neue light" , , "helvetica" , "arial" , sans-serif;">Quando sua primeira filha nasceu, ele fez uma baltic porter que transformou em lembrancinha para quem visitassem a filha, com as garrafas batizadas com o nome dela e uma pintura de aquarela feita por sua esposa no rótulo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Desde então, ganhou o primeiro prêmio com uma tripel, obteve um 3°lugar nas belgas em 2015 e o outro em 2016 com uma strong bitter inglesa, primeiro lugar na categoria e 3° no best of show, ambos concursos paranaenses<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em termos de organização, muitos desses cervejeiros caseiros são associados à Acerva, no caso do Paraná, Acerva-PR, que serve como uma espécie de rede de cervejeiros e contribui para que comprem insumos em consumo, obtendo melhores preços. Além disso, sempre se encontram em diferentes cursos ou concursos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Já as microcervejarias são aquelas já mais estruturadas, com um investimento bem maior e seus responsáveis são profissionais dessa atividade. Vivem de fazer cerveja. Essas microcervejarias são detentoras de rótulos já disponíveis em mercados (já conseguiram registro no MAPA) e conseguem atingir um público maior até mesmo fora de suas sedes. Acabam tendo um papel importante na divulgação de cervejas artesanais. Em Curitiba e região há um grande universo dessas microcervejarias, tais como a Bodebrown, Way, Bier Hoff, Dum, Klein, etc.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Obviamente não estou aqui fazendo um tratado e essas definições tem pura e simplesmente um caráter didático, sujeito a questionamentos. Como sociólogo, não me sentiria à vontade em continuar escrevendo sobre um tema tão fascinante, sem conceituá-lo minimamente. O que importa aqui é que tanto os cervejeiros caseiros como as microcervejarias mais estruturadas, podem se enquadrar como cervejas artesanais no meu conceito adotado e, juntas, fazem parte de revolução em curso. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue light" , , "helvetica" , "arial" , sans-serif;">Um brinde a todos artesanais que aqui se enquadram.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">Nota: [1] HINDY, Steve. A Revolução da Cerveja Artesanal, ed. Tapioca, 2014.</span></div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br />
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
</div>
</div>
Paulo Burianhttp://www.blogger.com/profile/07505773179450382133noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1590161030444821477.post-10829891465948256802017-07-15T10:17:00.001-07:002017-07-18T09:41:15.544-07:00Revolucionários artesanais: Julio Rossi e sua Volante Birra<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.5pt;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://4.bp.blogspot.com/-Dyu5PcZh920/WWpINAX6afI/AAAAAAABHQw/FRF6rdKrq-8i3bKbtXdgPiAWilFyKYNfgCEwYBhgL/s1600/volanteBirra.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="480" height="240" src="https://4.bp.blogspot.com/-Dyu5PcZh920/WWpINAX6afI/AAAAAAABHQw/FRF6rdKrq-8i3bKbtXdgPiAWilFyKYNfgCEwYBhgL/s320/volanteBirra.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Volante Birra [1]</td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.5pt;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.5pt;"><span style="font-family: inherit;">Em abril desse ano, estive em um evento noturno na Sapatilha Colorida, moderna
loja de calçados situada no Alto da Glória, e me deparei com uma bela kombi
retrô estacionada na frente, que trouxe cervejas artesanais. Tratava-se da <a href="https://www.facebook.com/volantebirramobile/">Volante Birra</a> (clique aqui para mais informações)</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-ZhVRypbuo7c/WW45uJSEm-I/AAAAAAABHRo/nHDQdNLvvSUeKmMplmQ7YPlU-mOogKRzwCLcBGAs/s1600/IMG_2712.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1600" height="200" src="https://1.bp.blogspot.com/-ZhVRypbuo7c/WW45uJSEm-I/AAAAAAABHRo/nHDQdNLvvSUeKmMplmQ7YPlU-mOogKRzwCLcBGAs/s200/IMG_2712.JPG" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Torneiras da Volante Birra no evento</td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: inherit; font-size: 13.5pt;">Para dar conta da diversidade de público, havia cinco opções de estilos e marcas de
cervejas artesanais distintas do Paraná:<span style="font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br />
<ul>
<li>Pilsen, da Nashville</li>
<li>Weiss, da Oner</li>
<li>Apa, da Insana</li>
<li>Dry Stout, da Oner; e</li>
<li>IPA (não me recordo o nome da microcervejaria).</li>
</ul>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://4.bp.blogspot.com/-kqZh0p2JwGg/WWpINNxp7NI/AAAAAAABHQ0/yiaXzW-wZ30T4LmqRLPFrMNcjk5gY3bjwCEwYBhgL/s1600/juliorossi.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="720" height="200" src="https://4.bp.blogspot.com/-kqZh0p2JwGg/WWpINNxp7NI/AAAAAAABHQ0/yiaXzW-wZ30T4LmqRLPFrMNcjk5gY3bjwCEwYBhgL/s200/juliorossi.jpg" width="150" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: small;">Julio Rossim [1]</span></td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;">Seu proprietário é Julio Rossi, roqueiro, tricolor carioca e apaixonado por cachorros, é também um grande apreciador de cervejas. Fotógrafo e músico, ele começou a pesquisar e testar as primeiras receitas de cerveja no começo de 2015. Toda a facilidade que se tem hoje de encontrar equipamentos e insumos acabou ajudando-o a ingressar nesse meio. </span><span style="font-family: inherit;">Fez um curso básico de produção de cerveja com extrato e ingressou de vez no meio cervejeiro.</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">No final de 2015, realizou um antigo sonho e adquiriu uma kombi antiga. Após 8 meses reformando-a, acabou deixando nos trinques e transformou-a na Volante Birra, um loja móvel que junta duas paixões: a cerveja artesanal e kombi antiga.</span><span style="font-family: inherit;">A sua ideia com a Volante Birra é participar de eventos em diferentes lugares e divulgar cervejas artesanais de estilos diferenciados para um público ainda não tão familiarizado em muitos casos. Com isso, acabou se transformando em mais um personagem do mundo cervejeiro de Curitiba e região.</span><br />
<br />
<span style="font-family: inherit;">A Volante Birra busca <span style="text-indent: 0cm;">equilibrar o gosto de seus cervejeiros com o do publico em geral conforme o evento, mas se tem uma cerveja que faz questão de disponibilizar é uma boa American IPA. Em algumas ocasiões, a Volante Birra já chegou a engatar cervejas de produção própria chamada Tropicália (nome muito feliz, por sinal). Tendo o cuidado de não avisar o público (para não influenciar nas opiniões) Júlio percebeu que as reações foram muito positivas. Como ele e seus parceiros gostam do ritual das panelas, isso acabou servindo como bom pretexto para juntar a galera e beber enquanto fazem diferentes variações de IPAs, ainda que a produção, por ora, se resuma a uma receita por mês.</span></span><br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://4.bp.blogspot.com/-e_CV0XBDbAI/WWpINe8BGkI/AAAAAAABHQ4/GMWCNPXWnp01QJ2VoXi3zGQvSjfgS3JwACEwYBhgL/s1600/volanteBirra1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="673" data-original-width="960" height="224" src="https://4.bp.blogspot.com/-e_CV0XBDbAI/WWpINe8BGkI/AAAAAAABHQ4/GMWCNPXWnp01QJ2VoXi3zGQvSjfgS3JwACEwYBhgL/s320/volanteBirra1.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Volante Birra em evento [1]</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<span style="font-family: inherit;">Nesse processo de produzir IPAs, tem uma história interessante. Após experimentar uma West Coast IPA (estilo que se caracteriza pelo uso excessivo de lúpulo em microcervejarias da costa oeste dos EUA), passou a ter como objetivo criar alguma receita que se aproximasse desse estilo. Em uma brassagem sem compromisso com um amigo, se distraíram e erraram feio a quantidade de água da receita. Mas para não desperdiçar, resolveram pagar pra ver e, depois de um tempo maturando, experimentaram e perceberam que tinha ficado muito boa, embora diferente do que se pretendia. Estudaram um pouco, fizeram testes e chegaram à conclusão que a pretensa West Coast IPA tinha se transformado uma excelente Session IPA (uma IPA mais leve, menos alcoólica e com menor amargor), cerveja da Tropicália com melhor retorno do público. Isso enfatiza um aspecto divertido do de cervejeiros caseiros: por não estarem preso a regras, é possível experimentar e errar bastante cada receita.</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;">Júlio é um otimista em relação à revolução da cerveja artesanal em curso. Como consumidor, percebe que cada vez há maior disponibilidade de cervejas de diferentes rótulos e estilos. Abrem-se novos bares e criam-se novas cervejas de qualidade, ampliando o público interessado que cada vez mais migra das insonsas cervejas industrializadas feitas com milho para as cervejas artesanais. E como esse mercado tem-se ampliando, como distribuidor de cerveja ao melhor estilo retrô que caracteriza sua kombi, ele continua muito animado.</span><br />
<br />
Que a Volante Birra continue rodando muitos quilômetros para difundir ainda mais a cultura cervejeira.<br />
<br />
<br />
<span style="font-size: x-small;">Nota [1]: as fotos dessa nota foram obtidas na página do Facebook da Volante Birra (https://www.facebook.com/volantebirramobile/)</span><br />
<br />
<span style="text-indent: 0cm;"><br /></span></div>
<div class="MsoListParagraph" style="margin-left: 36.0pt; text-indent: 0cm;">
<div class="MsoListParagraph" style="margin-left: 36pt; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoListParagraph" style="margin-left: 36.0pt; text-indent: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.5pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 13.5pt;"><br /></span></div>
Paulo Burianhttp://www.blogger.com/profile/07505773179450382133noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1590161030444821477.post-66770192818939165972017-07-04T19:34:00.000-07:002017-07-05T20:21:46.087-07:00Revolucionários Artesanais - Henrique Cruz "Giraia"<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://2.bp.blogspot.com/-Skh_CPw9tzM/WVxKgA1QzKI/AAAAAAABHMk/W-zJanujVkUNkAcS2scqkcABQkDFoRVKACEwYBhgL/s1600/giraia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="719" data-original-width="719" height="400" src="https://2.bp.blogspot.com/-Skh_CPw9tzM/WVxKgA1QzKI/AAAAAAABHMk/W-zJanujVkUNkAcS2scqkcABQkDFoRVKACEwYBhgL/s400/giraia.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Henrique Cruz "Giraia", na brassagem</td></tr>
</tbody></table>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<span style="text-align: justify;">Hoje começaremos aqui a série Revolucionários Artesanais, que apresentará perfis de cervejeiros que têm desenvolvido um trabalho importante na divulgação da cerveja artesanal de diversas formas.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Há cerca de três meses, curioso a respeito dos concursos cervejeiros e incentivado pelo amigo cervejeiro já premiado Leonardo Soares, acabei me inscrevendo em um grupo de estudos para avaliar cervejas pelo Guia <i>Beer Judge Certification Program</i> - BJCP. Trata-se de uma galera que realiza encontros quinzenais para degustar de 7 a 10 cervejas de diferentes estilos visando preencher a súmula da BJCP e, em seguida. compartilhar as impressões e avaliações. Além de aprimorar a percepção em relação a cada estilo, serve para aprendermos mais ainda sobre suas características e nos atualizarmos com o Guia 2015. Esse grupo começou se reunindo na Masmorra e, posteriormente, migrou para a Mr. Hoppy.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
E quem organiza isso tudo, correndo atrás das cervas, reservando espaço, juntando a grana da galera para compras, tirando cópias das súmulas, etc? É o Henrique Cruz, conhecido como Giraia, cervejeiro, juiz BJCP e figura cada vez mais conhecida no meio.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://4.bp.blogspot.com/-wWMBdS9bPt4/WVxKgPsO-eI/AAAAAAABHMo/LLeFehcWW-wFdbS1AJlggvFOvat5VkTggCEwYBhgL/s1600/bjcp5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="540" data-original-width="960" height="225" src="https://4.bp.blogspot.com/-wWMBdS9bPt4/WVxKgPsO-eI/AAAAAAABHMo/LLeFehcWW-wFdbS1AJlggvFOvat5VkTggCEwYBhgL/s400/bjcp5.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Grupo de Estudo para juízes da BJCP, organizado pelo Giraia</td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Certamente por trás disso, tem uma motivação muito particular. No caso do Giraia, o interesse <span style="background-color: white;">por</span> cervejas especiais e artesanais começou entre 2006/07, quando foi fazer um intercâmbio na Bélgica por um programa do Rotary e conheceu de perto uma das principais escolas cervejeiras do mundo. Anos depois, já de volta à Curitiba, formado como tecnólogo em jogos digitais, passou a realizar diversos cursos na área cervejeira, a começar pelo já reconhecido curso de produção de cerveja na panela na Bodebrown em 2013 e o de Sommelier de Cervejas da Universidade Positivo (onde atualmente leciona). Depois disso, fez ainda diversos cursos pontuais, com destaque para a Pós graduação em Gestão e Tecnologia Cervejeira.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://3.bp.blogspot.com/-as3oW6fe6Qw/WVxKgTVX6oI/AAAAAAABHMs/0bbJmk8MOHgEAUTK0cnMVL3pvAF-lSVqACEwYBhgL/s1600/hump2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="800" height="320" src="https://3.bp.blogspot.com/-as3oW6fe6Qw/WVxKgTVX6oI/AAAAAAABHMs/0bbJmk8MOHgEAUTK0cnMVL3pvAF-lSVqACEwYBhgL/s320/hump2.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">As duas cervejas da Hump já lançadas</td></tr>
</tbody></table>
E junto com o interesse, foi crescendo sua efetiva participação na divulgação do movimento cervejeiro. Em 2016, durante o <i>South Beer Cup</i>, motivado por Fernanda Lazari da Morada Cia. Etílica (microcervejaria de Curitiba), participou de uma competição de plano de negócio de cervejas. Foi quando surgiu a ideia de desenvolver a marca Hump, cujo nome decorre de histórias que escutava de Guilherme Comineze durante a pós em relação a um amigo de seu pai que criava camelos em Curitiba (isso mesmo!). Com o segundo lugar obtido na competição, Giraia se motivou ainda mais, contratou um designer e levou o projeto da Hump em frente até que em abril conseguiu lançar dois estilos: American Pilsner e American Pale Ale através de uma parceria com o Clube do Malte. Eu mesmo tive a oportunidade de degusta-la na Masmorra a versão no barril e gostei muito. O objetivo dele agora é finalizar questões legais e de investimento para regularizar o processo de produção e distribuição.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Paralelamente ao seu gosto por fazer cervejas, surgiu o interesse em julgá-las e, consequentemente, o interesse em se aprofundar na BJCP. Em 2015, quando mandou amostras de suas cervejas caseiras pela primeira vez, passou a estudar para avaliar as cervejas e desde então, sempre que pode tem participado de concursos. Aprofundou seus conhecimentos, passou na prova da BJCP e começou a atuar também como juiz. Por ora, como <span style="text-indent: 0cm;"><i>Certfied (</i>com 78 pontos), mas aguardando novos resultados, acredita passar logo dos 80 pontos, visando se preparar para a prova de <i>National</i>. </span>Uma dificuldade para ampliar não só a sua participação, mas a de outros juízes bem qualificados é o aspecto amador, que faz com que cada um tenha sempre que arcar com os custos dessas participações, sem que os concursos banquem sequer hospedagem ou transporte, algo que já ajudaria muito.</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="text-indent: 0cm;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="text-indent: 0cm;">Foi a partir desse seu comprometimento com concursos e com a melhoria de julgamentos que resolveu incentivar a formação de novos juízes através da criação de grupos de estudo (como esse que estou participando) ou até mesmo constituindo cursos específicos. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="text-indent: 0cm;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://4.bp.blogspot.com/-IjndMgJn2G0/WVxMSfcmbHI/AAAAAAABHM0/VWxm1_BdZ4MkGNg5DnN-oJWSSq_w9JD1ACLcBGAs/s1600/Logo_CBC.png" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="275" data-original-width="313" height="175" src="https://4.bp.blogspot.com/-IjndMgJn2G0/WVxMSfcmbHI/AAAAAAABHM0/VWxm1_BdZ4MkGNg5DnN-oJWSSq_w9JD1ACLcBGAs/s200/Logo_CBC.png" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Logo da Confrades</td></tr>
</tbody></table>
Com o perfil dinâmico característico dos protagonistas do cenário cervejeiro, em meados de 2016, quando seu colega (e agora sócio) LG o procurou apara
promover um evento cervejeiro, surgiu a ideia de constituir a <a href="https://confradesbeerclub.com.br/">Confrades Beer Club.</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Depois de um tempo moldando o projeto, agora - na metade de 2017 - a Confrades está saindo do papel. O objetivo da Confrades é ser uma espécie de <i>hub</i> cervejeiro, interligando a rede cervejeiras e realizando eventos como, por exemplo, atendimento a eventos <i>in company , </i>cuja demanda é cada vez maior.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sob a cabeça criativa de Henrique Cruz, a ideia é criar uma espécie de clube, com uma anuidade para quem quiser ser membro e obter vantagens como descontos em estabelecimentos cervejeiros parceiros, além de oferecer uma vasta
quantidade de cursos de diversas duração para todos os públicos, sempre focados no universo das cervejas. De fato, hoje há uma lacuna em relação a esses cursos básicos, já que o mercado oferece apenas algo mais específico, como curso de sommelier, que leva 40-50h aula.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ou seja, temos no Giraia um personagem que joga nas onze: faz cerveja, julga a qualidade, dá cursos e organiza eventos no cenário cervejeiro. Que toda essa energia do Giraia contribua ainda mais para canalizar forças em torno da verdadeira revolução das cervejas artesanais em curso. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">Nota: todas as fotos foram obtidas na página do facebook do Henrique Cruz:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">https://www.facebook.com/giraiacruz/photos_albums?lst=1157563379%3A100000608827247%3A1499220426</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: x-small;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Paulo Burianhttp://www.blogger.com/profile/07505773179450382133noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1590161030444821477.post-959572002056394752017-06-11T10:39:00.003-07:002017-07-04T19:41:09.392-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-7R-RsDnVNDY/WT1_Y0w555I/AAAAAAABGX0/PpdtDNMyLHoeMbl1Vjp71CH_D2YgjBwuwCLcB/s1600/EQ%2BBeer.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="315" data-original-width="828" height="151" src="https://2.bp.blogspot.com/-7R-RsDnVNDY/WT1_Y0w555I/AAAAAAABGX0/PpdtDNMyLHoeMbl1Vjp71CH_D2YgjBwuwCLcB/s400/EQ%2BBeer.png" width="400" /></a></div>
<div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Um bom termômetro para se ter a dimensão da importância das cervejas artesanais é o número de eventos, cada vez mais frequentes, relacionados diretamente às cerva caseiras ou provenientes de microcervejarias.</span></div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Só nesse final de semana, em Curitiba e região, tivemos dois: </span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-yu98244Aih0/WT1_tU2J2VI/AAAAAAABGX8/kxLhVlW7lvIoR3quSmK7PEv0MVTZ6IoOACEw/s1600/WhatsApp%2BImage%2B2017-06-09%2Bat%2B16.08.42.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><img border="0" data-original-height="829" data-original-width="552" height="320" src="https://3.bp.blogspot.com/-yu98244Aih0/WT1_tU2J2VI/AAAAAAABGX8/kxLhVlW7lvIoR3quSmK7PEv0MVTZ6IoOACEw/s320/WhatsApp%2BImage%2B2017-06-09%2Bat%2B16.08.42.jpeg" width="213" /></span></a></div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Entre os dias 7 e 10 (sábado), ocorreu em Colombo o Cout Beer Festival, que segundo cartaz de divulgação, seria a festa caipira mais rock'n'roll de todos os tempos. Um dos destaques desse festival seriam cervejas artesanais. Infelizmente não pude comparecer.</span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Hoje, dia 11/6, está ocorrendo a 3ª edição da EQ Beer Festival. no Pedrão Lounge Bar (perto do Centro Politécnico). O foco desse evento é dissemir a cultura cervejeira de oito grandes cervejeiros de engenharia química. E contará ainda com apoio da galera da Rádio Treze. Vale a pena averiguar. Eu vou checar!</span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-pA-mTQJlGXs/WT1_tZirOYI/AAAAAAABGX4/vC4PQtqL8Z8Rc8aNUyRZwnp9MrN6PZanwCLcB/s1600/WhatsApp%2BImage%2B2017-06-10%2Bat%2B17.00.39.jpeg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><img border="0" data-original-height="1040" data-original-width="585" height="320" src="https://4.bp.blogspot.com/-pA-mTQJlGXs/WT1_tZirOYI/AAAAAAABGX4/vC4PQtqL8Z8Rc8aNUyRZwnp9MrN6PZanwCLcB/s320/WhatsApp%2BImage%2B2017-06-10%2Bat%2B17.00.39.jpeg" width="180" /></span></a></div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Em Campinas, ontem, a Toca da Mangava lançou a Fly me to the Moon, uma Barleywine produzida especial para o inverno. Relatos de quem esteve lá confirmam que vale muito a pena conhecer. </span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Com a correria do dia-a-dia, acabei não divulgando a tempo. Mas a ideia é reestruturar o blog para que sirva também de agenda em uma aba específica. Aguardem que em breve teremos mudança por aqui. </span></div>
</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
Paulo Burianhttp://www.blogger.com/profile/07505773179450382133noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1590161030444821477.post-62775835118487345822017-06-05T17:53:00.002-07:002017-06-05T17:55:10.457-07:00Dia da Cerveja Brasileira<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-U1dfPuN8_0Q/WTX86_9whLI/AAAAAAABGWY/Kizm6pvEKvExkalfUjcZNrvO23ROxzikwCLcB/s1600/476433-alt-banner-dia-da-cerveja.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="185" data-original-width="500" height="147" src="https://3.bp.blogspot.com/-U1dfPuN8_0Q/WTX86_9whLI/AAAAAAABGWY/Kizm6pvEKvExkalfUjcZNrvO23ROxzikwCLcB/s400/476433-alt-banner-dia-da-cerveja.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<br />
Dia 5 de junho é o Dia da Cerveja Brasileira. Esse dia foi escolhido em 2012, para celebrar Ruprecht Loeffler, conhecido como "Seu Lefra", falecido em 2011 aos 93 anos, da Cervejaria Canoinhense.<br />
<br />
Trata-se da cervejaria artesanal considerada a mais antiga do Brasil. Fundada em 1910, em 1924 foi adquirida por Otto Loeffler e desde 1939 passou a ser administrada por Ruprecht, seu filho, a Cervejaria Canoinhense teve sua história retratada nesse curta. Vale a pena conferir para celebrar o Dia da Cerveja Brasileira.<br />
<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/YaNWFGVns60/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/YaNWFGVns60?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: "YouTube Noto", Roboto, arial, sans-serif; font-size: 13px;">Direção: Demétrio Panarotto, Guto Lima, Luiz Henrique Cudo</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: "YouTube Noto", Roboto, arial, sans-serif; font-size: 13px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: "YouTube Noto", Roboto, arial, sans-serif; font-size: 13px;">Sinopse Curta-Metragem: </span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: "YouTube Noto", Roboto, arial, sans-serif; font-size: 13px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: "YouTube Noto", Roboto, arial, sans-serif; font-size: 13px;">Rupprecht Loeffler foi um senhor de 93 anos de idade. Sua profissão? Mestre cervejeiro. Ele e sua cervejaria, a "Canoinhense" são os personagens deste documentário. </span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: "YouTube Noto", Roboto, arial, sans-serif; font-size: 13px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: "YouTube Noto", Roboto, arial, sans-serif; font-size: 13px;">Prêmios e Festivais:</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: "YouTube Noto", Roboto, arial, sans-serif; font-size: 13px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: "YouTube Noto", Roboto, arial, sans-serif; font-size: 13px;">Prêmio Cinemateca Catarinense/Fundação Catarinense de Cultura de 2008</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: "YouTube Noto", Roboto, arial, sans-serif; font-size: 13px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: "YouTube Noto", Roboto, arial, sans-serif; font-size: 13px;">Faial Filmes Fest 2010 – Festival de Curtas das Ilhas (Azores Short Film Festival)</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: "YouTube Noto", Roboto, arial, sans-serif; font-size: 13px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: "YouTube Noto", Roboto, arial, sans-serif; font-size: 13px;">17º Vitória Cine Vídeo</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: "YouTube Noto", Roboto, arial, sans-serif; font-size: 13px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: "YouTube Noto", Roboto, arial, sans-serif; font-size: 13px;">Curta Cinemateca Especial - Cinemateca Brasileira</span>Paulo Burianhttp://www.blogger.com/profile/07505773179450382133noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1590161030444821477.post-5600155035906844752017-06-03T07:24:00.001-07:002017-06-03T07:24:28.197-07:00Cerveja é filme! <table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://2.bp.blogspot.com/-IKmXEpe_IuA/WTLDwPbDfHI/AAAAAAABGVo/bqVGlajk5IoFWl7PQi_oRzfop4a1DcVfQCLcB/s1600/2012-01-12-beer-hunter-movie.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="299" data-original-width="690" height="172" src="https://2.bp.blogspot.com/-IKmXEpe_IuA/WTLDwPbDfHI/AAAAAAABGVo/bqVGlajk5IoFWl7PQi_oRzfop4a1DcVfQCLcB/s400/2012-01-12-beer-hunter-movie.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Michael Jackson, o caçador de cerveja (não confundir com outro) [1]</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<span style="text-align: justify;">Para quem tem alguma dúvida de
que cervejas artesanais estão realizando uma verdadeira revolução, basta
observar como esse tema tem sido cada vez mais retratado em filmes e documentários.</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Provavelmente o marco nesse
processo tenha sido o <i>The Beer Hunter</i>
(O caçador de cerveja) que Michael Jackson fez em 1989 para o Discovery
Channel. Obviamente não estamos falando aqui do rei do pop mundial, mas sim
outro, inglês, ícone do mundo
cervejeiro. Autor de diversos livros sobre cerveja, a começar com o best-seller (nunca traduzido em português) <i>The World Guide to Beer, </i>o primeiro guia
que abordou o tema, publicado em 1977, Michael Jackson viajou o mundo atrás de
segredos de cervejas e acabou desempenhando um papel fundamental para a
valorização de diversos estilos e de cervejas locais. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>The Beer Hunter</i>, disponível inclusive legendado no YouTube (<a href="https://www.youtube.com/watch?v=IvAsgugPbCE&t=946s">www.youtube.com/watch?v=IvAsgugPbCE&t=946s</a>), possui
seis episódios, cada um abordando as particularidades de cervejas de alguma
região do mundo. No primeiro, em visita à Bélgica, apresenta o universo das
Lambics, cervejas de fermentação espontânea. No segundo, ele explora a tradição
cervejeira da Baviera, na Alemanha. No terceiro, ele explora o país com maior
consumo per capita de cerveja do mundo: a República Tcheca (na época ainda como
Tchecoslováquia), onde desvenda, entre outros segredos, a tradicional fábrica
da Pilsner Urquell. No quarto visita o Monastério de Koningshoeven, único
produtor de cervejas Trapistas situada na Holanda. No quinto episódio, Michael
Jackson cruza o Atlántico e vai para a Califórnia, investigar a Anchoer Steam,
verdadeira jóia rara das cervejarias artesanais. E no último episódio, ele
retorna à Inglaterra para o evento anual que serviu de inspiração para o
renascimento das tradicionais real ales ingleses. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Embora seja um documentário com
quase 30 anos, acabou desempenhando um papel fundamental para a valorização da
cultura cervejeira. Falecido em 2007, dois anos antes do ídolo da música pop, Michael Jackson (o cervejeiro) foi certamente umas das figuras mais marcantes da história do mundo das cervejas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Para não ficar atrás, a National
Geographic também resolveu investir em documentários sobre cerveja, mas optou
pelo caminho oposto: optou por documentar duas gigantes do mundo em uma série
chamada “Megafactories”: a irlandesa Guinness e a holandesa Heineken. Sem ser tão
interessante como a série com Michael Jackson, o documentário da National
Geographic acaba apelando para cervejas mais comerciais <a href="https://www.blogger.com/(http://www.dailymotion.com/video/xs8bod_national-geographic-megafactories-heineken_tech">(www.dailymotion.com/video/xs8bod_national-geographic-megafactories-heineken_tech</a>).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://3.bp.blogspot.com/-qnRGc4nMbf8/WTLFZ3skclI/AAAAAAABGV0/S09AsCKgMiA0HwdwgI_9m9tIzLMohcVcgCLcB/s1600/como%2Ba%2Bcerveja%2Bsalvou.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="268" data-original-width="182" height="400" src="https://3.bp.blogspot.com/-qnRGc4nMbf8/WTLFZ3skclI/AAAAAAABGV0/S09AsCKgMiA0HwdwgI_9m9tIzLMohcVcgCLcB/s400/como%2Ba%2Bcerveja%2Bsalvou.jpg" width="272" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Cartaz de "Como a Cerveja Salvou o Mundo" [2]</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Outro documentário interessante e
bem-humorado é “<i>Como a Cerveja Salvou o
Mundo</i>” (<a href="https://www.youtube.com/watch?v=xO53rQ9nqQs">www.youtube.com/watch?v=xO53rQ9nqQs</a>), produzido pela Discovery Channel também. O filme faz uma viagem pela história da humanidade para demonstrar
que, em vários momentos, a cerveja desempenhou um papel fundamental. O primeiro
feito da cerveja foi dar condições para que os humanos se fixassem em algum
local, já que o objetivo da revolução agrícola que permitiu que se cultivasse
grãos como a cevada seria a produção da cerveja e não o pão. O pão que seria
uma cerveja sólida (e não o contrário como dizem por aí). Em seguida, são
relatadas a influência direta da cerveja em outros momentos cruciais, como a
escrita (uma forma para perpetuar receitas de cervejas), a substituição da água
infectada durante a idade média, o processo de pasteurização, a refrigeração e
até mesmo a indústria moderna, entre outros. Exagero ou não, o fato é que o
documentário, além de entreter, serve como ótima justificativa para que a gente
continue a louvar a cerveja nossa de cada dia. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Recentemente, a Netflix
disponibilizou em seu cardápio, no meio de séries e filmes que chamam atenção
do grande público, “Novos Mestres Cervejeiros” (do original em inglês “<i>Crafting a Nation</i>”), que <span style="background: white;">aborda o
universo e os bastidores de cervejeiros artesanais em diferentes cidades dos
EUA, documentário esse que já foi abordado no Revolução Artesanal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Um dos muitos casos relatados nesse
documentário refere-se à cervejaria Schlafly, que em 1991 teve a audácia
(digamos assim) de se estabelecer em Saint Louis (Missouri), cidade que serviu
de porta de entrada do meio-oeste americano, onde funciona a sede mundial da
Budweiser (hoje Anheuser-Busch InBev – AB InBev, a gigante do setor de
dispensa apresentações). <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Por trás desse confronto Schlafly
x Anheuser-Busch InBev, podemos identificar uma verdadeira guerra em curso
entre as microcervejarias e a grande indústria cervejeira. Esse cenário é bem
retratado também no documentário “<i>Beer
Wars”</i>, dirigido por Anat Baron, que apresenta provas de ação de lobistas para
prejudicar as cervejarias artesanais. Embora se passe nos EUA, certamente retrata
questões muito familiares ao universo cervejeiro local. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No Brasil, particularmente, o
caso da histórica cerveja Canoinhense, talvez uma das artesanais há mais tempo
no mercado foi objeto do curta “Cerveja Falada” (<a href="https://www.youtube.com/watch?v=YaNWFGVns60">www.youtube.com/watch?v=YaNWFGVns60</a>), que relata a história de Rupprecht
Loeffler (conhecido como "Seu" Lefla), mestre cervejeiro com 93 anos de idade na época do documentário. Uma
verdadeira viagem no tempo que merece uma postagem especial assim que eu
experimentar suas cervejas como “Nó de Pinho” ou “Jahu”.<o:p></o:p></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-yb3rStCnhOU/WTLD02VCLcI/AAAAAAABGVw/KcKeQOcJtuQOnXmwgpp5kiPZhahHyIpiQCEw/s1600/cervejafalada.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="480" height="240" src="https://1.bp.blogspot.com/-yb3rStCnhOU/WTLD02VCLcI/AAAAAAABGVw/KcKeQOcJtuQOnXmwgpp5kiPZhahHyIpiQCEw/s320/cervejafalada.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Cartaz do Curta "Cerveja Falada" [3]</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Por fim, esses documentários trazem
histórias de vida que podem servir de inspiração para cervejeiros caseiros
seguirem em frente. Parafraseando a canção do Cordel do Fogo Encantado que
serviu de tema para o filme “Lisbela e o Prisioneiro”, cerveja é filme (....eu sei
pelo cheiro de malte e lúpulo que dá quando a gente toma).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">Notas:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">[1] Imagem acessada em http://philly.thedrinknation.com/articles/read/6614-Kick-in-a-Few-Bucks-for-the-Michael-Jackson-Beer-Hunter-Movie</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">[2] Imagem acessada em http://www.imdb.com/title/tt1832368/</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">[3] Imagem acessada em https://www.youtube.com/watch?v=65VfM6X43Aw </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Paulo Burianhttp://www.blogger.com/profile/07505773179450382133noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1590161030444821477.post-44692525529963549992017-05-27T10:02:00.001-07:002017-05-28T08:21:28.252-07:00Cerveja Joaquim: unindo trash metal com bons livros e discos!<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://2.bp.blogspot.com/-a8jhauTn55o/WSmsWX7mSxI/AAAAAAABGTw/IEMM3sUUnP88VcmdCn1S9R2cGX7rCAOJACLcB/s1600/WhatsApp%2BImage%2B2017-05-27%2Bat%2B13.17.21.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1280" data-original-width="1280" height="320" src="https://2.bp.blogspot.com/-a8jhauTn55o/WSmsWX7mSxI/AAAAAAABGTw/IEMM3sUUnP88VcmdCn1S9R2cGX7rCAOJACLcB/s320/WhatsApp%2BImage%2B2017-05-27%2Bat%2B13.17.21.jpeg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Joaquim Session IPA, adquirida na livraria e degustada em casa</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Em Curitiba, na região central, bem perto do prédio histórico da UFPR, funciona a simpática e autêntica Joaquim Livros & Discos. Trata-se daqueles espaços que, antes de tudo, é um símbolo de resistência. Em um mundo cada vez mais dominados por vendas online e grandes redes de livrarias, vejo com muito bons olhos os espaços cujos vendedores são, antes de tudo, "livreiros". Fazem questão de conversar com os clientes, conhecem o que estão vendendo, tem conhecimento sobre os autores e também sobre aqueles discos de vinil que estão à venda. </div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Foi esse cenário que acabou conquistando Leonardo Barzi. Baixista que trouxe pra Curitiba a Mercy Killing, uma das mais tradicionais bandas de trash metal do Brasil, quando veio de Salvador pra cá no início dos anos 2000, Leonardo se identificou com esse espaço quando garimpava vinis e tornou-se um assíduo frequentador da Joaquim, chegando a levar a banda para tocar nesse pequeno mas aconchegante espaço (frequentemente a Joaquim promove shows e bate-papos com artistas dos mais diversos naipes - procurem o canal "Joaquim Apresenta" no Youtube). Pode-se conferir a apresentação do Mercy Killing na Joaquim aqui: h<a href="ttps://www.youtube.com/watch?v=vSHhNuzfwhw">ttps://www.youtube.com/watch?v=vSHhNuzfwhw</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td><a href="https://2.bp.blogspot.com/-sYMpNDwkcR4/WSmv5BDMppI/AAAAAAABGUE/JNJR0G24pOMbcyyoOHW1sWEUqRnFMrdUACLcB/s1600/maxresdefault.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="225" src="https://2.bp.blogspot.com/-sYMpNDwkcR4/WSmv5BDMppI/AAAAAAABGUE/JNJR0G24pOMbcyyoOHW1sWEUqRnFMrdUACLcB/s400/maxresdefault.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="font-size: 12.8px;">Apresentação do Mercy Killing na Joaquim (Leonardo Barzi é o primeiro à esquerda) [1]</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Paralelamente, ele, que até então não tomava cerveja, passou a apreciar cada vez mais o vasto universo cervejeiro em Curitiba. Enquanto preparava o disco da Mercy Killing, fez amizades no estúdio com uma galera que estava fazendo cerveja<span style="text-align: justify;">. Foi o impulso que faltava. No final
de 2013, sua esposa adquiriu um kit de fabricação
baseada em extrato na <a href="https://www.bilbilbeer.com.br/">Bil Bil Beer </a>(loja especializada para quem quer fazer cervejas em Curitiba) e com o tempo e ajuda de seu "guru" Vinícius Brandão, Leonardo passou a mexer com receitas all-grain até chegar a produzir cervas para pessoas de fora. </span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Aproveitando-se da relação que tinha com o staff da Joaquim, Léo resolveu disponibilizar algumas de suas cervejas na livraria para testar a clientela. Primeiro com The Weizen Zone e a Charlie Brown Ale e a Let's Rock Rock Wear (batizadas para celebrar o que ele gostava de assistir na infância). Como deu certo, surgiu a ideia de fazerem uma produção exclusiva, denominada Joaquim, uma Session Ipa, estilo conhecido por ser uma versão de IPA com menor graduação alcóolica, alta drinkability e corpo médio para baixo. Com 5,5% e bastante equilíbrada, achei que a Joaquim (cerveja) bem dentro do estilo, recomendada inclusive para cervejeiros iniciantes. </div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: justify;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-uTBhSs74PjA/WSmtT6sbZhI/AAAAAAABGT4/oASkuA8C9_gfWEVrVXX_pIkPQ1vKY0bTACLcB/s1600/18678895_1385484224830508_1255201861_n%2B%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="748" data-original-width="709" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-uTBhSs74PjA/WSmtT6sbZhI/AAAAAAABGT4/oASkuA8C9_gfWEVrVXX_pIkPQ1vKY0bTACLcB/s320/18678895_1385484224830508_1255201861_n%2B%25281%2529.jpg" width="303" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Rótulo criado pelo Léo para a Imperial IPA [2]</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Interessante que o estilo adotado que atiçou minha curiosidade tenha sido uma Session Ipa, um dos estilo mais leves do universo da Ales, contrastando com o som pesado (e com letras críticas) da Mercy Killing. Mas seu rol de cervas é mais amplo, sendo que até agora já fez, além da Session IPA, 4 receitas de Weizen, 3 de Red Ale, uma Strong Blond Ale e deve engarrafar uma Imperial IPA e outra Robust Porter, que já possuem um rótulo que leva o nome da banda. Léo ainda toca blues e classic rock na Brown Sugar. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por fim, percebe-se que cerveja artesanal pode sim harmonizar muito bem com o mais puro trash metal. Que o Léo continue fazendo essa ponte entre o bom e velho rock'n'roll com as as cervejas nacionais em uma livraria das mais autênticas. E espero poder degustar as mais pesadas em breve. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">Notas</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">[1] Foto acessada em https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ved=0ahUKEwjm7Y2nxZDUAhUBOJAKHSn_AtAQjhwIBQ&url=https%3A%2F%2Fwww.youtube.com%2Fwatch%3Fv%3DvSHhNuzfwhw&psig=AFQjCNFThTnrEot3NhX0S_f_9dJYcbu8aA&ust=1495990569896333</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">[2] </span><span style="font-size: x-small;">Imagem divulgada pelo Leonardo Barzi</span></div>
<br />
<br />
<span style="text-align: justify;"><br /></span>
<span style="text-align: justify;"><br /></span>
</div>
<div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
</div>
Paulo Burianhttp://www.blogger.com/profile/07505773179450382133noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1590161030444821477.post-14052053065957609142017-05-20T11:53:00.001-07:002017-05-20T16:04:53.396-07:00Cervejas Artesanais também aderem ao "Fora Temer"<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://3.bp.blogspot.com/-C3lw439o0rY/WSDLdXukcZI/AAAAAAABGSc/YYLBbh7VgyodxgoMwd3kvUKweyI6VwkPwCLcB/s1600/foratemer_2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="178" src="https://3.bp.blogspot.com/-C3lw439o0rY/WSDLdXukcZI/AAAAAAABGSc/YYLBbh7VgyodxgoMwd3kvUKweyI6VwkPwCLcB/s320/foratemer_2.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Cerveja Fora Temer, produzida em uma assentamento do MST [2]</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">No momento em que a crise política alcança temperaturas mais elevadas, percebe-se que o universo das cervejas artesanais tem reagido com bom humor, demonstrando que além de produzir boas cervejas, representa um terreno fértil para se posicionarem politicamente também.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Muito antes dos últimos escândalos envolvendo Michel Temer virem à tona, já haviam produções de cervejas artesanais se colocando contra esse governo desde o golpe. No ano passado, logo após a sua posse, a cervejaria artesanal Latino Americana, de um assentamento rural em Centenário do Sul, no norte do Paraná, lançava a cerveja "Fora Temer". Produzida por Viviane Leal Dantas e Igão de Nadai, a "Fora Temer" com uma produção limitada a 40 litros por semana foi um sucesso imediato. Ela é produzida em 4 estilos [1]:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">- American IPA, que costumam ser bastante lupulada e com notas cítricas (ou até mesmo de maracujá, dependendo do lúpulo);</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">- American Pale Ale, um pouco menos amarga e com menor teor alcóolico em comparação com a IPA;</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">- Stout: cerveja escura, mais encorpada que costuma ter sabor de maltes tostados; e</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">- Weiss: cerveja de trigo, com espuma densa, alta carbonatação, que costuma ser muito apreciada por bebedores iniciantes pela ausência de amargor.</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">A Cervejaria surgiu há dois anos quando Igão, educador, conheceu uma cerveja caseira de um amigo. Chamou um amigo colombiano e começaram a fazer juntos de brincadeira, ao som de um boa música latino-americana [2]. </span><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Infelizmente eu ainda não tive a oportunidade de degustar nenhuma "Fora Temer" e receio que, agora, se eu não me agilizar, logo será tarde demais. Na 2ª Feira Nacional de Reforma Agrária do MST realizada no início deste mês em São Paulo, as cervejas foram um imenso sucesso</span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">.</span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 17.472px;"><br /></span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-aCb68gqcOEE/WSCNzjoWLmI/AAAAAAABGSI/9IqIn71GRtkvG7dwWW80rbhKN9f83SBeQCEw/s1600/ForaTemer.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-aCb68gqcOEE/WSCNzjoWLmI/AAAAAAABGSI/9IqIn71GRtkvG7dwWW80rbhKN9f83SBeQCEw/s400/ForaTemer.jpg" width="223" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fora Temer '"carioca" - Harmoniza com Democracia [2]</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Na onda dos cervejeiros politicamente corretos e engajados, "Fora Temer" também serviu para batizar outra cerveja artesanal produzida no Rio de Janeiro pelos cervejeiros caseiros Diogo Cavalheiro (filósofo) e Luiz Assis (aposentado), lançada no final do ano passado na Cervejaria Leopoldina. no bairro Riachuelo, no Rio de Janeiro. </span></span><br />
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></span>
<span style="background-color: white; font-family: "verdana" , sans-serif;">Assim como aquela produzida no norte do Paraná, eu ainda não experimentei a Fora Temer carioca, mas numa próxima ida à Cidade Maravilhosa, tentarei encontra-la [3]. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="background-color: white; font-family: "verdana" , sans-serif;">Além da Fora Temer, a cervejaria Leopoldina serviu de local para envase das cervejas feitas no I Encontro Nacional de Cervejeiras Feministas em janeiro deste ano. Isto porque a </span><span style="background-color: white; font-family: "verdana" , sans-serif;">esposa do Diogo Cavalheiro da Fora Temer, Leinimar, toca um projeto de produção de cerveja entre mulheres chamado Cerveja da Mulher Guerreira - Artesanal e Feminista, constituída por 9 mulheres, muitas crianças e histórias. Uma das cervejas produzidas por elas é a Mahin, uma red ale que presta uma justa homenagem à Luísa Mahin ou Kehinde, uma mulher negra que lutou pela abolição da escravatura no Brasil no Século XIX. A cerveja da mulher guerreira. </span><span style="background-color: white; font-family: "verdana" , sans-serif;">Vale a pena conhecer esse espaço e dar apoio a essa galera! Para maiores informações, visitem a página delas no facebook: </span><span style="background-color: white; font-family: "verdana" , sans-serif;"><a href="https://www.facebook.com/Cerveja-da-Mulher-Guerreira-Artesanal-e-Feminista-1984215361805614/">https://www.facebook.com/Cerveja-da-Mulher-Guerreira-Artesanal-e-Feminista-1984215361805614/</a></span><br />
<span style="background-color: white; font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Essa forma bem humorada de manifestação política não se restringe ao Brasil. </span></span><span style="background-color: white; font-family: "verdana" , sans-serif;">Na Ucrânia também temos exemplo semelhante proveniente da cidade de Lviv, onde inclusive funciona um museu dedicado à cerveja.</span></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: "verdana" , sans-serif;">A Pravda Beer Theatre lançou, há um tempo, uma linha de cervejas batizadas com nome de políticos mundiais que acredita serem responsáveis pela crise que se abateu também por lá. Três cervejas foram criadas [4]: </span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman";"><span style="background-color: white; font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman";"><span style="background-color: white; font-family: "verdana" , sans-serif;">- "Obama Hope", uma Stout que tem o ex-presidente (na época era o atual) dos EUA no rótulo, ao lado de Hommer Simpson e John McCain. Representava a esperança para mudar os rumos da Ucrânia naquela época;</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman";"><span style="background-color: white; font-size: 17.472px;"><span style="font-family: "times new roman"; font-size: small;"><br /></span></span></span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://3.bp.blogspot.com/-mfe0mVHlVB8/WSCNwwMNZxI/AAAAAAABGSQ/FlUT5z81q3w9Ig34kwGvKWTuL12az5hUgCEw/s1600/Obama%2B872x420.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="191" src="https://3.bp.blogspot.com/-mfe0mVHlVB8/WSCNwwMNZxI/AAAAAAABGSQ/FlUT5z81q3w9Ig34kwGvKWTuL12az5hUgCEw/s400/Obama%2B872x420.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Rótulo da Obama Hope</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">- "Putin Huilo", uma Belgian Golden Ale cujo nome é uma expressão agressiva contra o chefe de Estado russo; e </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">- "Frau Ribbentrop", uma witbier (estilo belga que leva trigo, casca de laranja e semente de coentro)m que faz piada com a chanceler alemã Angela Merkel, por suposta relação com a Rússia (Von Ribberntrop foi ministro das relações exteriores nos anos 1930 na Alemanha Nazista, acusado de crimes contra a humanidade)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Particularmente, acho injusto e exagerado comparar Ângela Merkel com um nazista. Mas isso é a perspectiva de um ucraniano e não tenho conhecimento sobre fatos que o levaram a fazer essa comparação. Mas enfim, seja na Ucrânia, seja no Brasil, vejo com bons olhos que cervejeiros se posicionem politicamente, até porque fazer cerveja artesanal por si só já é um ativismo. Que venha logo a cerveja "Foi-se Temer" ou ainda "Diretas Já!". </span></div>
<br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: x-small;">Notas: </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: x-small;">[1] Informações e foto obtidas em http://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2017/05/puro-malte-e-sem-transgenico-cerveja-fora-temer-e-sucesso-na-feira-do-mst</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: x-small;"><br /></span>
<span style="font-family: verdana, sans-serif; font-size: x-small;">[2] Informações e foto obtidas em </span><span style="font-family: verdana, sans-serif; font-size: x-small;">http://www.terrasemmales.com.br/sucesso-de-vendas-pela-internet-cerveja-artesanal-fora-temer-e-feita-no-parana/</span><br />
<span style="font-family: verdana, sans-serif; font-size: x-small;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: x-small;">[3] Informações e foto obtidas em https://www.facebook.com/pages/Cervejaria-Leopoldina/468402203336101</span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: x-small;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: x-small;">[3] Informações obtidas em http://www.fest.lviv.ua/en/news/126-frau-ribbentrop-vzhe-u-teatri-pyva-pravda/</span><br />
<br />Paulo Burianhttp://www.blogger.com/profile/07505773179450382133noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1590161030444821477.post-74861688376504158132017-05-14T19:48:00.003-07:002017-05-15T08:57:26.309-07:00Destroy #17: quando o graffiti se encontra com a cerveja artesanal<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://2.bp.blogspot.com/-XU5TIfbxhto/WRkSacu1BzI/AAAAAAABFkU/tY6lr4VBvnYmJQ7Vvh1ji98HSx92OHPXwCLcB/s1600/destroy1.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://2.bp.blogspot.com/-XU5TIfbxhto/WRkSacu1BzI/AAAAAAABFkU/tY6lr4VBvnYmJQ7Vvh1ji98HSx92OHPXwCLcB/s320/destroy1.jpeg" width="240" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Capa da Destroy #17</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No início do mês de maio foi lançada a revista <a href="https://www.facebook.com/revistadestroy/">Destroy #17</a>. Trata-se de uma publicação que tem como objetivo divulgar o graffiti em Curitiba. Feita com material gráfico bem elaborado, tem uma tiragem de 300 cópias, cada uma costurada à mão. Com detalhes na capa em serigrafia, a revista conta ainda com uma fotografia revelada em papel na folha de rosto. No exemplar que comprei, fui presenteado com a imagem de uma frase da escritora <a href="https://www.facebook.com/profile.php?id=1755721527">Giovanna Lima</a> (assina G.L.), pintada em muro: </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://3.bp.blogspot.com/-Jm3XUbBIzU0/WRkS4MBBiAI/AAAAAAABFkk/ITWq-ICBlBYrHJ4qJLVe6RlJBztyJiEUgCLcB/s1600/WhatsApp%2BImage%2B2017-05-14%2Bat%2B23.21.59.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://3.bp.blogspot.com/-Jm3XUbBIzU0/WRkS4MBBiAI/AAAAAAABFkk/ITWq-ICBlBYrHJ4qJLVe6RlJBztyJiEUgCLcB/s320/WhatsApp%2BImage%2B2017-05-14%2Bat%2B23.21.59.jpeg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto impressa na revista (papel fotográfico) com imagem de escrito da G.L.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Enfim, uma publicação autêntica e diferente que, para mim, serve para desmistificar um pouco o universo do graffiti, ajudando a vê-lo sem o filtro preconceituoso da mídia tradicional que nada entende da linguagem e da demanda da população jovem que reside nos bairros mais periféricos dos grandes centros.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Para quem, como eu, que não entende muito de graffiti e de arte nas ruas, recomendo se despir de preconceitos e conhecer as histórias de quem está nessa. E para isso, desde 1998, a Destroy tem prestado um excelente serviço. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Entre seus relatos divulgados, é possível perceber que o graffiti é um caminho a ser seguido dentro do ambiente de quem nasce estigmatizado por uma sociedade classista e racista. É uma forma de expressão por parte daqueles que cresceram levando geral da polícia, tendo que se acostumar com uma repressão naturalizada inclusive pelos meios de comunicação tradicional. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://3.bp.blogspot.com/-51fB9J1bbKc/WRkTT8NPE3I/AAAAAAABFk4/f2OgxGVlecIbk00SiOW2_ydMf6ilcc5NQCEw/s1600/WhatsApp%2BImage%2B2017-05-14%2Bat%2B23.19.58.jpeg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://3.bp.blogspot.com/-51fB9J1bbKc/WRkTT8NPE3I/AAAAAAABFk4/f2OgxGVlecIbk00SiOW2_ydMf6ilcc5NQCEw/s320/WhatsApp%2BImage%2B2017-05-14%2Bat%2B23.19.58.jpeg" width="240" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Artigo sobre a cervejaria Xamã</td></tr>
</tbody></table>
<span style="text-align: justify;">E o que a Destroy e a divulgação da arte das ruas tem a ver com cervejas artesanais? A resposta está no fato de que nessa publicação, há espaço para um breve relato da história da Cervejaria Xamã orgulhosamente assinada por mim. Depois que conheci não só suas cervejas, como também sua história e cheguei a apresentá-la aqui no Blog, o trio cervejeiro responsável por ela me convidou para essa nobre tarefa.</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Com a experiência de uma cervejaria que sempre desenvolveu suas produções através de parcerias com coletivos culturais, quem sabe em breve não teremos outra cerva deles que busque dar sabor à arte do graffiti. Aguardemos... </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Enquanto isso, vale a pena conhecer a Destroy, disponível em seis locais em Curitiba (ver na sua página no Facebook), incluindo simpática <a href="https://www.facebook.com/JoaquimLivraria">Joaquim Livros & Disco</a>s (rua Alfredo Bufren, 51, no centro de Curitiba), que sempre priorizou a divulgação de cultura na cidade, inclusive com bate-papos com artistas dos mais diversos, como com o André Abujamra há uns meses (quando estive presente). Vale a pena passar lá para conhecer não só a Livraria, mas adquirir a Destroy e outras publicações referentes ao tema, como o livro "Espelho da Cidade", organizado por Cimples, um dos responsáveis pela Destroy.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Aliás, a Joaquim Livros & Discos passou também a fazer suas próprias cervejas, ainda que edição bem limitada. Presenteado pela Carol, minha esposa, estou com uma Session IPA na geladeira aguardando para ser degustada em breve. Assim que tomá-la, divulgarei aqui. Mas boa coisa deve ser...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://4.bp.blogspot.com/-bhz1hbKOArU/WRkTWY6zxbI/AAAAAAABFk8/XHFriEy15BENR9UqI6WsLOQz9eftaq0EQCEw/s1600/WhatsApp%2BImage%2B2017-05-14%2Bat%2B23.19.58%2B%25281%2529.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://4.bp.blogspot.com/-bhz1hbKOArU/WRkTWY6zxbI/AAAAAAABFk8/XHFriEy15BENR9UqI6WsLOQz9eftaq0EQCEw/s320/WhatsApp%2BImage%2B2017-05-14%2Bat%2B23.19.58%2B%25281%2529.jpeg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Session IPA da Joaquim Livros & Discos</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Paulo Burianhttp://www.blogger.com/profile/07505773179450382133noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1590161030444821477.post-80878688933781930362017-05-07T09:16:00.002-07:002017-05-07T09:33:43.954-07:00Belém com sabor de cerveja: Amazon Beer<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-dnaSFkTc-f0/WQ9GfzDZ66I/AAAAAAABFJo/d4_2v1cskJsWFx20ov10eJFPElQkstLagCLcB/s1600/IMG_8198.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-dnaSFkTc-f0/WQ9GfzDZ66I/AAAAAAABFJo/d4_2v1cskJsWFx20ov10eJFPElQkstLagCLcB/s320/IMG_8198.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Red Ale Priprioca, da Amazon Beer</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<i>Eu te procuro porque</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>Você me leva à loucura</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>Quando você me beija </i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>Com esse corpo suado e essa boca molhada </i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>Com sabor de cerveja.. </i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>(Louco Desejo, música de Dona Onete)</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Recentemente tive a oportunidade de assistir um show de Dona Onete, cantora paraense de carimbó chamegado. Trata-se de uma professora de história aposentada descoberta pelo grupo Coletivo Rádio Cipó, quando já tinha mais de 60 anos. Passou então a ser protagonista de músicas e gravou seu primeiro álbum em 2012, com 72 anos e agora, aos 77, está no auge da carreira após gravar o excelente disco Banzeiro. Pegando as palavras do Xico Sá, "moçada, mire-se no exemplo de Dona Onete, 77 anos de peleja, ciência da vida e carimbó chamegado".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Para mim, Dona Onete foi mais uma gratíssima surpresa cultural vinda do Pará, que se junta a artistas como Felipe Cordeiro, que no clipe da música <i>Legal e Ilegal</i> ironiza a cerveja de "flocos de milho" (ver clipe abaixo), só para citar alguns mais conhecidos músicos que atualmente tem contribuído para confirmar o momento extremamente feliz que atravessa esse estado nortista do país.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/GP2X8vWtog0/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/GP2X8vWtog0?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
.</div>
<div style="text-align: justify;">
Opa...pera lá...esse blog não é destinado à divulgação de cervejas artesanais? Por que estaria eu aqui falando de música paraense além do clipe de Felipe Cordeiro ou da letra suingada de "Louco Desejo" da Dona Onete?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pois é, no caso, a música paraense entrou aqui como introdução à descoberta pessoal não só em relação à música, mas também à cerveja, que fiz há exatos dois anos quando estive pela primeira vez em Belém do Pará.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Até então, minha referência de cerveja paraense era a velha Cerpa, fundada em 1966 por um imigrante alemão. Lembro que nos anos 1980, observava meu pai elogiando aquelas pequenas garrafas de Cerpa Export, uma cerveja denominada "premium" obtida a duras custas que, naquela época, se diferenciava das Brahmas e Artacticas que dominavam o mercado. Mas eram outros tempos...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Chegando em Belém, descobri que o universo cervejeiro de lá vai muito além das Cerpas (sem desmerecê-las). Na moderna Estação das Docas, ao lado do famoso mercado de produtos e especiarias do Ver-o-peso, há uma microcervejaria que comprova que a revolução artesanal em andamento chegou também até a região amazônica.Trata-se da Amazon Beer, nome escolhido a dedo com alto poder de marketing. Junto com alguns de seus tanque de fermentação funciona um bar com um visual incrível e ambiente acolhedor.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Segundo o empresário responsável pela Amazon Beer, Arlindo Guimarães, o projeto teve início em 2000, quando ele percebeu o sucesso desse movimento de cervejas artesanais nos EUA e viu exemplos bem sucedidos em diferentes pontos do Brasil como a Dado Bier e a Via Continental. Diante desse cenário, resolveu levar essa experiência para Belém, apostando em produzir cervejas não só com qualidade e diversidade das artesanais, mas introduzindo frutos, raízes e ingredientes regionais da Amazônia, personalizando suas cervejas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://4.bp.blogspot.com/-HVbPQD8SDB8/WQ9DvvYjuFI/AAAAAAABFJs/pQubv_BgTscRVeAfGUfQQv_I3YO_D7vkwCEw/s1600/IMG_7932.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://4.bp.blogspot.com/-HVbPQD8SDB8/WQ9DvvYjuFI/AAAAAAABFJs/pQubv_BgTscRVeAfGUfQQv_I3YO_D7vkwCEw/s320/IMG_7932.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">IPA Cumaru, dugustada na Estação das Docas (Belém, PA)</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Em toda estadia em Belém, experimentei diversos estilos de cervejas por lá e ainda trouxe algumas garrafas para degustar em casa. O <a href="http://amazonbeer.com.br/site/">site</a> da Amazon Beer divulga sete estilos disponíveis: Stout Açaí, River Lager, Forest Pilsen, Forest Bacuri, Witbier Taperebá, Red Ale Priprioca, Cupulate Porter e Imperial IPA. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Na época eu experimentei ainda a IPA Cumaru (que infelizmente parece que foi descontinuada). Tratava-se de uma IPA com adição de Cumaru, uma substância conhecida como "baunilha da Amazônia" que combina bem com o amargor caraterístico de uma IPA. Tinha uma coloração entre o dourado e o âmbar, límpida, e contava ainda com um leve aroma caramelado (ver foto acima). </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A Stout Açai também surpreendeu ao combinar bem o energético açaí com o malte tostado característico do estilo, resultando em uma cerveja que embora fosse forte, com 7,2 de teor alcóolico, caia bem até mesmo no calor paraense. Em 2014 recebeu o título de cerveja do ano no Festival de Blumenau.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://3.bp.blogspot.com/-okCxO7hjuTE/WQ9GM380mFI/AAAAAAABFJk/G9pjHl7xYkgQ2kPpStJh3FeO6gRkM3EvQCLcB/s1600/IMG_8694.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="https://3.bp.blogspot.com/-okCxO7hjuTE/WQ9GM380mFI/AAAAAAABFJk/G9pjHl7xYkgQ2kPpStJh3FeO6gRkM3EvQCLcB/s200/IMG_8694.JPG" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Witbier Taperebá, trazida para Curitiba</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Destaco ainda a Witbier Taperebá, famoso estilo belga de cerveja de trigo com notas cítricas e condimentadas, que, no caso da Amazon Bier, acresceta Taperebá, conhecido também como Cajá, aumentando a sua refrescância, Esta cerveja ganhou medalha de ouro no South Beer Cup, além de ter faturado medalha de bronze na categoria Fruit Wheat Beer no V Concurso Brasileiro de Cerveja disputado em Blumenau.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nesse importante concurso, a Amazon Beer ainda recebeu medalha de prata na categoria French & Belgian Style Saison pela Saison Puxuri, desenvolvida em parceria com Pete Slosberg, Fal Allen (da Anderson Valley) e Sean Paxton com adição de Puxuri, uma especiaria da região amazônica. Essa experiência foi registrada em um vídeo, que relata um pouco sobre a história da Amazon Beer: </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/ezl1nIjYTiU/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/ezl1nIjYTiU?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Outra medalha de prata obtida foi coma Forest Bacuri, no estilo Brazilian Beer com frutas. Com todo esse sucesso, atualmente conseguem levar suas cervejas para outros cantos do país. Em Curitiba, por exemplo, a Bodebrown (cervejaria que merece postagem específica), disponibiliza as preciosidades da Amazon Beer em sua loja.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Enfim, percebe-se que assim como na música, Belém do Pará tem nos brindado com excelentes cervejas artesanais, graças às inovações da Amazon Beer. Afinal, Belém é muito mais do que <i>flocos de milho com cerveja no velho punk, c</i>omo diria Felipe Cordeiro.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />Paulo Burianhttp://www.blogger.com/profile/07505773179450382133noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1590161030444821477.post-14960829695436418102017-04-29T14:46:00.000-07:002017-04-29T14:46:06.127-07:00Cerveja também é Cultura! <div style="text-align: justify;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://2.bp.blogspot.com/-u4UHuPV1neo/WQUGGTID9CI/AAAAAAABFF4/xZNCdS9G3BkdYGiyc6MTa-qJ80JimIGVQCLcB/s1600/WhatsApp%2BImage%2B2017-04-29%2Bat%2B18.27.23.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="302" src="https://2.bp.blogspot.com/-u4UHuPV1neo/WQUGGTID9CI/AAAAAAABFF4/xZNCdS9G3BkdYGiyc6MTa-qJ80JimIGVQCLcB/s400/WhatsApp%2BImage%2B2017-04-29%2Bat%2B18.27.23.jpeg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Centro de Cultura Cervejeira Toca da Mangava</td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Nos últimos anos, com a propagação cada vez maior do hábito de tomar cerveja artesanal, incluindo desde aquelas caseiras, feitas na panela por apaixonados amadores, até as microcervejarias, que ocupam cada vez mais espaço nos bares e mercados, ampliando consideravelmente a oferta em termos de estilos e qualidade, percebe-se que há algo a mais do que simplesmente a bebida em si.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
Trata-se de uma cultura cervejeira. E isso envolve curso, encontros, eventos, festivais, enfim...uma série de atividades ligadas diretamente à cerveja artesanal que vai muito além do seu consumo propriamente dito. Em Curitiba, por exemplo, só nesse final de semana, há dois eventos relacionados a isso.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://2.bp.blogspot.com/-N_EvTxfawaI/WQTWuGM3dRI/AAAAAAABFFI/np1jgYV5YRMid8TVgTY0LRGnlFwEtDz1wCLcB/s1600/INconcursocervejeiro.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://2.bp.blogspot.com/-N_EvTxfawaI/WQTWuGM3dRI/AAAAAAABFFI/np1jgYV5YRMid8TVgTY0LRGnlFwEtDz1wCLcB/s320/INconcursocervejeiro.jpg" width="162" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Cartaz do Concurso [2]</td></tr>
</tbody></table>
Um deles é o IV Concurso Sul Brasileiro de Cerveja, organizado em conjunto pelas Associações de Cervejeiros Artesanais (ACervAs) dos três estados do sul do Brasil (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul). Nesse concurso serão avaliadas até 400 amostras de cervejas caseiras de diferentes estilos por cerca de 30 juízes BJCP e 30 auxiliares. Aliás, em Curitiba um Grupo de Estudos tem se reunido regularmente com a missão de aprimorar os julgamentos e ampliar o número de juízes BJCP. Imagino que em outros municípios, algo semelhante tem ocorrido. Esse assunto merecerá ainda uma postagem específica [1].</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O outro evento, gratuito, ocorre hoje (29/04) no Museu Oscar Niemayer (MON): The Brazilian Way, Promovido pela Way Beer, são oferecidos rótulos de cervejas especiais preparadas com ingredientes regionais, juntamente com música e comidas tipicamente nacionais. Além de rótulos mais temáticos como a Sour Me Not - Goiaba, a Sour Me Not - Acerola, a JabutiGose e a Coffe Brown Ale; a Way ainda vai disponibilizar toda sua gama de cervejas que se destacaram ao longo dos seis anos de história. Em breve, a Way merecerá uma postagem específica nesse blog. A má notícia é que os ingressos estão esgotados. </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #4b4f56; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;"><br /></span>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-BpJMG8nSTN4/WQTYmtk8lcI/AAAAAAABFFc/g-L-ixllGecJHllPu5vPkSlgfY_8xz2owCEw/s1600/brazilianway.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="color: black;"><img border="0" height="200" src="https://1.bp.blogspot.com/-BpJMG8nSTN4/WQTYmtk8lcI/AAAAAAABFFc/g-L-ixllGecJHllPu5vPkSlgfY_8xz2owCEw/s400/brazilianway.jpg" width="400" /></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: small;">Cartaz de Divulgação do The Brazilian Way [3]</span></td></tr>
</tbody></table>
E os eventos se sucedem. No próximo final de semana, dia 7 de maio, Campagnolo, da Cervejaria Turbinada (também já relatada aqui) estará no restaurante Terra Preta, em Colombo na Região Metropolitana de Curitiba, para apresentar além de sua cerveja e hidromel, uma receita típica de porco no rolete, visando harmonizar com suas cervejas especiais.<br />
<br />
O que ocorre em Curitiba, se repete em outros cantos do país. Em Campinas, por exemplo, a Toca da Mangava, tema na postagem anterior, é um perfeito retrato desse momento. Embora eu tivesse denominado corretamente que se tratava de um Centro de Cultura Cervejeira, acabei não aprofundando esse importante tema. De fato, não é apenas um local onde se faz e toma boas cervejas artesanais, mas há uma série de outras atividades relacionadas à propagação da revolução da cerveja artesanal.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://4.bp.blogspot.com/-lbVo5ClU6Tw/WQTYVXD9CYI/AAAAAAABFFY/ftMc_mta-_Q7jOXuHvjM-D70w-EeqJvSwCLcB/s1600/WhatsApp%2BImage%2B2017-04-29%2Bat%2B15.01.56.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="238" src="https://4.bp.blogspot.com/-lbVo5ClU6Tw/WQTYVXD9CYI/AAAAAAABFFY/ftMc_mta-_Q7jOXuHvjM-D70w-EeqJvSwCLcB/s320/WhatsApp%2BImage%2B2017-04-29%2Bat%2B15.01.56.jpeg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Alfeu Júlio monitorando uma visita técnica à Toca da Mangava</td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Uma dessas atividades são cursos, como o de Produção de Cerveja Caseira, ministrado pelo Alfeu Julio, com três dias de duração ou o Workshop de introdução ao mundo das cerveja artesanal, com três horas de duração.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No próximo sábado, dia 6 de maio, será organizado um encontro com Matheus Aredes, da Escola Superior de Cerveja e Malte (ESCM) de Blumenau tendo como tema lúpulos. Além disso, eventualmente convidam colegas cervejeiros de diversos cantos do país para falarem sobre suas produções em um evento batizado como "Grandes Micro Cervejarias do Brasil" que invariavelmente acaba com uma mini degustação das cervejas do convidado. Já estiveram presente a Bamberg (Votorantim), Dama (Piracicaba), Dortmund (Serra Negra), Sauber (Mogi Mirim) e Votus (Diadema). </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por fim, ainda existe o um grupo de cervejeiro caseiros que se reúnem uma vez por mês na Toca da Mangava para compartilhar suas criações cervejeiras, tal como eventos da ACervA-PR que ocorrem em Curitiba. Com cerca de 50 inscritos (média de uns 12 por encontro), esses eventos são bem descontraídos e costumam terminar com um racha de pizza entre os participantes.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Tudo isso evidencia como as cervejas artesanais têm, de fato, representado uma verdadeira revolução não apenas na qualidade da cerveja em si, mas sim em hábitos e costumes entre os seus cada vez mais fieis adeptos. Não é exagero falarmos em cultura cervejeira diante do atual contexto.<br />
<br />
<span style="font-size: x-small;">Notsa: </span><br />
<span style="font-size: x-small;">[1] Beer Judge Certification Program (BJCP) é uma entidade sem fins lucrativos, fundada em 1985 nos EUA responsável por certificar e qualificar julgadores de cerveja através de exames e monitoramento. Entre um dos principais objetivos está o desenvolvimento de ferramentas, métodos e processos padronizados para uma avaliação, classificação e feedback de cerveja, hidromel e cidra.</span><br />
<span style="font-size: x-small;"><br /></span>
<span style="font-size: x-small;">[2] Imagem obtida no Boletim Informativo Acerva Paranaense: https://www.yumpu.com/pt/document/view/58150384/boletim-informativo-acervapr-abril-2017</span><br />
<span style="font-size: x-small;"><br /></span>
<span style="font-size: x-small;">[3] Imagem obtida em </span><span style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">https://www.facebook.com/events/2020669608160455/</span></span><br />
<span style="font-size: x-small;"><br /></span>
<span style="font-size: x-small;"><br /></span>
<br />Paulo Burianhttp://www.blogger.com/profile/07505773179450382133noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1590161030444821477.post-66673166545845789532017-04-21T18:11:00.000-07:002017-04-21T18:11:29.967-07:00Toca da Mangava: onde a cerveja e a boa música se encontram<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://4.bp.blogspot.com/--toiXJQQF9k/WPqngYGpqyI/AAAAAAABE-4/3SYnZRpAO2IkSK-TPokWEtq4gi4O42BQQCLcB/s1600/mangava4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://4.bp.blogspot.com/--toiXJQQF9k/WPqngYGpqyI/AAAAAAABE-4/3SYnZRpAO2IkSK-TPokWEtq4gi4O42BQQCLcB/s320/mangava4.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Body and Soul da Toca da Mangava, minha preferida no dia.</td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No dia 1º de abril, juntamente com grandes amigos, tive a oportunidade de conhecer a <b><a href="http://tocadamangava.com.br/pre_site/index.html">Toca da Mangava</a></b>, um Centro de Cultura Cervejeira (como seus proprietários gostam de definir) em Campinas (SP), mais especificamente no distrito de Sousas. Lugar rústico e extremamente agradável, a cervejaria funciona na mesma casa em que são feitas as cervejas. Um dos seus proprietários, o engenheiro de alimentos Alfeu Julio nos guiou por uma visita pelas instalações, nos apresentando orgulhosamente não só o processo de brassagem das cervejas, mas também contando um pouco da sua história. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://2.bp.blogspot.com/-VgtswrB9tZk/WPqn1hvO-5I/AAAAAAABE_M/etZfkuKwtNcQXI_DFOU1dGaM3INO35YIwCEw/s1600/mangava6.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://2.bp.blogspot.com/-VgtswrB9tZk/WPqn1hvO-5I/AAAAAAABE_M/etZfkuKwtNcQXI_DFOU1dGaM3INO35YIwCEw/s320/mangava6.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Alfeu Júlio apresentando sua microcervejaria</td></tr>
</tbody></table>
O nome Toca da Mangava vem do fato de que logo nas primeiras brassagens, tiveram que conviver com uma vespa mangava (conhecida também como mamangava), provavelmente atraída pelo cheiro doce exalado no processo de mosturação. Intrigados, os cervejeiros descobriram que a toca da Mangava ficava exatamente no local escolhido para fazer a cerveja. E descobriram que ainda que a Mangava tem, como característica, o fato de que se trata de um inseto que voa sem que tenha características aerodinâmicas para isso (sua cabeça é muito grande e as asas muito pequenas) <span style="font-size: x-small;">[1]</span>. Resolveram adotar o nome então, utilizando a superação da vespa como inspiração para eles.<br />
<br />
Naquela ocasião, a Toca da Mangava estava lançando a Mr. Rabbit, uma Robust Porter com cacau. De modo geral, a denominação do estilo Porter (carregador em inglês) tem sua origem no século XVIII quando Ralph Harwood, proprietário de uma antiga cervejaria em um bairro operário de Londres resolveu criar uma cerveja bastante robusta para alimentar os carregadores que ali viviam. Com sabor moderadamente forte, a presença de cacau casou bem com malte queimado, dando à cerveja uma aparência bem escura e uma espuma bege. Quem tiver interesse em conhecer, nesse final de semana (de 21 a 23 de abril), a Toca da Mangava está participando do <a href="https://www.facebook.com/festivaldaculturacervejeira/">Festival Cultura Cervejeira </a>em Campinas.<br />
<br />
Mr. Rabbit teve seu nome inspirado em uma canção. Trata-se de uma música folk que foi brilhantemente gravada em 2002 por Paul Westerberg, no álbum Stereo. Ex-vocalista dos Replacements, banda de punk rock dos anos 1980 de Minneapolis, EUA, Paul Westerberg fez um arranjo bem consistente a essa canção, agora imortalizada na cerveja. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Assim como a Mr. Rabbit, lançada naquela ocasião, as demais cervejas feitas na Toca da Mangava têm seus nomes de batismo inspirados em canções (inclusive tem uma lista no Spotify para que possamos escutar suas cervas - procurem a playlist "TOCA Inspirações"). Aproveitando a opção que o cardápio dispunha de uma degustação geral, experimentamos as outras cinco cervejas, começando pela Move, designada como sport beer devido à sua leveza e baixo teor alcóolico, que leva o nome de um clássico do jazz de Denzil Best, imortalizada por Miles Davis.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
As outras quatro cervejas, que fazem parte do portfólio fixo, são as seguintes:<br />
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<ul>
<li style="text-align: justify;">Pretty Woman - um blonde ale que homenageia esse rock de Roy Orbison dos anos 1960 (e regravado por vários outros, incluindo Van Halen);<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://4.bp.blogspot.com/-aQ9glRWCVr4/WPqnw0WyPTI/AAAAAAABE_A/LSCdYyCmUQULVH8j6aNEVLt-Z8yX3Oi7gCEw/s1600/mangava3.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://4.bp.blogspot.com/-aQ9glRWCVr4/WPqnw0WyPTI/AAAAAAABE_A/LSCdYyCmUQULVH8j6aNEVLt-Z8yX3Oi7gCEw/s320/mangava3.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Summertime, a APA bem assertiva, da escola americana</td></tr>
</tbody></table>
</li>
<li style="text-align: justify;">Body & Soul - uma belgian blond ale (a que mais apreciei no dia) que presta justa homenagem a esse clássico do jazz, conhecido tanto pela interpretação de Sarah Vaughan, como também por um dueto espetacular de Tony Bennett com Amy Winehouse (vale a pena assistir no <a href="https://www.youtube.com/watch?v=_OFMkCeP6ok">Youtube</a>, de preferência tomando a cerveja)</li>
<li style="text-align: justify;">Summertime - uma APA com sabor bem assertivo. Uma das melhores canções de George Gershwin, tantas vezes regravadas por vozes das mais diversas (eu, particularmente, tenho a interpretação da Janis Joplin como uma das melhores músicas da história).</li>
<li style="text-align: justify;">Black Bird - uma Porter, batizada em homenagem a uma das mais belas composições do Paul McCartney, que teve como inspiração os conflitos raciais da década de 1960 nos EUA.</li>
</ul>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Toda essa relação da cervejas da Toca da Mangava com a música é algo natural. Seu mestre cervejeiro, Alfeu Julio, tocava cavaquinho e fazia vocal no grupo Bons Tempos, um excelente conjunto de samba de raiz, Em 2005, o Bons Tempos gravou um excelente CD e DVD do espetáculo "Ary, o Brasileiro", baseado na obra de Ary Barroso. No Youtube é possível assistir um pouco o lado artístico desse cervejeiro: <a href="https://www.youtube.com/watch?v=SnAtpnGjtx4">https://www.youtube.com/watch?v=SnAtpnGjtx4</a><br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://4.bp.blogspot.com/-3cjhiRMyWYY/WPqq-qcrRbI/AAAAAAABE_U/2QP9TyLU_ysAZov1TlEe0O6whm08OYaqgCLcB/s1600/bonstempos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://4.bp.blogspot.com/-3cjhiRMyWYY/WPqq-qcrRbI/AAAAAAABE_U/2QP9TyLU_ysAZov1TlEe0O6whm08OYaqgCLcB/s1600/bonstempos.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Grupo Bons Tempos (Alfeu é o 4º da esquerda pra direita) [2]</td></tr>
</tbody></table>
<br />
Mais recentemente (em 2012), Alfeu voltou a subir aos palcos com o grupo Lá se Vão Meus Anéis (com outros dois integrantes do Bons Tempos), tocando clássicos do samba de raíz novamente.<br />
<br />
Que Alfeu e seus sócios continuem inspirados por muito mais tempo para nos brindar com outras boas cervejas artesanais que celebrem a boa música. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<span style="font-size: x-small;">Notas:</span><br />
<span style="font-size: x-small;">[1] Informações repassadas por Alfeu Julio durante a visita guiada à fábrica, e que se encontram disponível no site oficial da </span><a href="http://tocadamangava.com.br/toca/" style="font-size: small;">Toca da Mangava.</a><br />
<br />
<span style="font-size: x-small;">[2] Foto obtida em http://www.blognarua.com.br/category/sem-categoria/page/15/. As demais fotos são de minha autoria.</span>Paulo Burianhttp://www.blogger.com/profile/07505773179450382133noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1590161030444821477.post-19762251351583137952017-04-16T09:47:00.002-07:002017-04-16T11:31:24.075-07:00Tábuas: a cervejaria artesanal no ambiente universitário de Barão
Geraldo<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://3.bp.blogspot.com/-aoul4ynZgEY/WPOa_6Yv_tI/AAAAAAABEx0/YdxMYmsYqgMBVYsI_QgFQ874vT63h8sTgCLcB/s1600/WhatsApp%2BImage%2B2017-04-16%2Bat%2B12.57.36.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://3.bp.blogspot.com/-aoul4ynZgEY/WPOa_6Yv_tI/AAAAAAABEx0/YdxMYmsYqgMBVYsI_QgFQ874vT63h8sTgCLcB/s320/WhatsApp%2BImage%2B2017-04-16%2Bat%2B12.57.36.jpeg" width="320"></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Lenha, uma APA da Cervejaria Tábuas, degustada em Barão Geraldo</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br></div>
<div style="text-align: justify;">
<br></div>
<div style="text-align: justify;">
Passei grande parte da minha juventude em Campinas, mais especificamente no distrito de Barão Geraldo. Mais conhecido por sediar a Unicamp, nos anos 1980 e 90, Barão Geraldo tinha pouquíssimas opções para quem, como eu naquela época, quisesse sair à noite para encontrar amigos ou até mesmo para uma boa cerveja. Me recordo que um dos poucos bares que tinha chamava Sancho Pança, e servia cervejas comuns além de um excelente frango à passarinho. Posteriormente abriram outros espaços como o Bar do Coxinha (que existe até hoje) e o Pantannal. Mas as opçoes continuavam restritas e cerveja artesanal naquela época, nem pensar. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br></div>
<div style="text-align: justify;">
Em meados dos anos 1990, coincidentemente na época em que eu me mudei de lá, o cenário começou a mudar .Primeiro foi com o surgimento da Cervejaria Universitária, talvez uma das minhas primeiras experiências com relação à cerveja artesanal, que forneciam para churrascos em barris. Hoje, duas décadas depois, há diversos bares e restaurantes para todos os gostos e necessidades. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br></div>
<div style="text-align: justify;">
Foi nesse novo cenário que, quando retornei para lá há poucas semanas para visitas familiares, me deparei com uma cervejaria nova que, além de disponibilizar cervejas artesanais da melhor qualidade, ainda funciona como um centro de propagação da cultura do Growler com um espaço bem agradável de bar para beber no local. Trata-se da <a href="http://cervejariatabuas.com.br/">Cervejaria Tábuas</a>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-ezdoPL0sB-Y/WPOcSeZNP4I/AAAAAAABEyA/tdrZLieSYe8FHd8CQFPOGg0F1Ng8CNrKQCLcB/s1600/WhatsApp%2BImage%2B2017-04-16%2Bat%2B12.57.35%2B%25281%2529.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://1.bp.blogspot.com/-ezdoPL0sB-Y/WPOcSeZNP4I/AAAAAAABEyA/tdrZLieSYe8FHd8CQFPOGg0F1Ng8CNrKQCLcB/s320/WhatsApp%2BImage%2B2017-04-16%2Bat%2B12.57.35%2B%25281%2529.jpeg" width="320"></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Os cervejeiros Alexandre e Guilherme no <i>Tap Room </i>da Tábuas</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Concebida por Guilherme Manganello e Alexandre Leme, dois jovens engenheiros de alimentos formados na Unicamp, a Cervejaria Tábuas teve sua origem logo após a formatura de ambos quando começaram a fazer cerveja caseira em 2012, já pensando em, algum dia, abrir a própria cervejaria.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br></div>
<div style="text-align: justify;">
O tempo foi passando e eles foram aprimorando a técnica de fazer cervejas. Fizeram cursos no Brasil e nos EUA, testaram mais de 300 novas receitas de cerveja caseiras até que resolveram se lançar oficialmente no mercado através da Tábuas no final de 2015.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br></div>
<div style="text-align: justify;">
A Cervejaria Tábuas, assim como algumas outras artesanais que conheço em Curitiba, é uma cervejaria cigana: não possui fábrica própria. Atualmente utilizam a estrutura da Cervejaria Hausen, em Araras, município perto de Campinas. O uso compartilhado de equipamento é uma forma interessante de viabilizar o negócio cervejeiro no seu início.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br></div>
<div style="text-align: justify;">
Os sócios cervejeiros da Tábuas optaram por investir em um espaço para distribuir suas cervejas, denominado <i>Tap Room</i>, inaugurado em 2016 no centro de Barão Geraldo. Felizes por retornarem para o local onde estiveram durante a faculdade, criaram um espaço que tem tudo a ver com o ambiente universitário: o <i>tap room</i> funciona em uma edícula muito bem decorada no final do terreno em área central de Barão Geraldo. Na trave, quando estive lá tinham duas IPAs (a Estaca e a Moita) e uma APA (Lenha), além de cervejas de outras microcervejarias paulistas. Eu aproveitei a ocasião e experimentei as três cervejas da Tábuas e saí muito satisfeito.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br></div>
<div style="text-align: justify;">
Agora acabaram de lançar a Seiva, uma Double Stout. Infelizmente quando estive lá ainda não tinha essa última que, pelas características do estilo (intensa, saborosa e com 7,6% de graduação alcóolica), combinará bem com o inverno, ainda que Campinas não faça muito frio como Curitiba. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://2.bp.blogspot.com/-TQsUZPnMHhM/WPOcFgPoQDI/AAAAAAABEx8/8NIK9wbwmgs8Jlw1SlDuKrxe_6Zh2Lb0wCLcB/s1600/WhatsApp%2BImage%2B2017-04-16%2Bat%2B12.57.36%2B%25281%2529.jpeg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="239" src="https://2.bp.blogspot.com/-TQsUZPnMHhM/WPOcFgPoQDI/AAAAAAABEx8/8NIK9wbwmgs8Jlw1SlDuKrxe_6Zh2Lb0wCLcB/s320/WhatsApp%2BImage%2B2017-04-16%2Bat%2B12.57.36%2B%25281%2529.jpeg" width="320"></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Espaço da Cervejaria Tábuas, no centro de Barão Geral</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
O espaço na frente do <i>Tap Room</i>, além de ter parte destinada a <i>food trucks</i>, é preenchido por carretéis de cabo de energia na função de mesas, contribuindo para o clima descolado do local. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br></div>
<div style="text-align: justify;">
Além das cervejas próprias servidas nas torneiras como forma de chope, a Tábuas ainda vende acessórios da marca (copos, abridores, etc) e growlers. Eu mesmo aproveitei a ocasião para presentear meu pai com um growler de dois litros. Para quem, como ele, aprecia beber uma boa cerveja em casa e mora bem perto do local, imagino que esse presente será muito útil.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br></div>
<div style="text-align: justify;">
De acordo com seus sócios-cervejeiros, em breve vão contar ainda com crowlers, que são uma espécie de growler descartáveis em forma de lata de 1 litro. Aqui em Curitiba a cervejaria Way utiliza crowlers também com bastante saída. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br></div>
<div style="text-align: justify;">
Enfim, aproveite a ocasião, sentei um pouco numa das mesinhas agradáveis e fiquei curtindo a boa sensação de perceber que o local em que passei a juventude agora dispõe de uma excelente alternativa de cerveja caseira. Com grande satisfação, percebi que a cervejaria Tábuas tem tudo para se consolidar cada vez mais. Assim espero....</div>
<div style="text-align: justify;">
<br></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-ppAcjJ28a7w/WPOf2q2ttDI/AAAAAAABEyM/aBsHkYj6Oy4mu9r3tw-9cOurZIEGkGO5gCLcB/s1600/WhatsApp%2BImage%2B2017-04-16%2Bat%2B12.56.49.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://1.bp.blogspot.com/-ppAcjJ28a7w/WPOf2q2ttDI/AAAAAAABEyM/aBsHkYj6Oy4mu9r3tw-9cOurZIEGkGO5gCLcB/s320/WhatsApp%2BImage%2B2017-04-16%2Bat%2B12.56.49.jpeg" width="320"></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Copo de Estaca, uma IPA deliciosa da Tábuas degustada no local</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br></div>
<div style="text-align: justify;">
<br></div>
<div style="text-align: justify;">
<br></div>
<div style="text-align: justify;">
<br></div>
<br>
<br>Paulo Burianhttp://www.blogger.com/profile/07505773179450382133noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1590161030444821477.post-36283841940603428642017-04-08T11:00:00.000-07:002017-04-09T09:03:15.704-07:00Porque lugar de mulher é onde ELA quiser...<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://2.bp.blogspot.com/-mCReeu3zMTg/WOkTJTIDwgI/AAAAAAABDRw/0tuq8zmpe9w4ZRKZKRCCwCQ44K1BJF3ngCEw/s1600/IMG_1913.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://2.bp.blogspot.com/-mCReeu3zMTg/WOkTJTIDwgI/AAAAAAABDRw/0tuq8zmpe9w4ZRKZKRCCwCQ44K1BJF3ngCEw/s320/IMG_1913.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">American Barley Wine, da Cervejaria ELA, degustada em Curitiba</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div style="text-align: justify;">
O recente episódio de assédio envolvendo o ator global José Mayer provocou debates e reações, mas sabe-se que é apenas a ponta do iceberg de uma cultura machista que se reproduz diariamente. Em 2016, pesquisa divulgada pela Organização Internacional de Combate à Pobreza Action Aid mostrou que 86% das mulheres no Brasil já sofreram assédio em público. Feminicídios como o que ocorreu em Campinas no réveillon desse ano são reflexo dessa sociedade. Isto torna-se ainda mais preocupante em um país cujo governo é constituído sem a presença de mulheres e com presidente que, em discurso oficial de 8 de março (de 2017, não de 1817), diz que o papel delas na economia é conferir preços em supermercados.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Todo esse quadro se reflete também na cultura cervejeira. Eu, assim como todos brasileiros da minha geração, cresci vendo propagandas de cervejas que objetificavam as mulheres. Seja na midia televisiva, seja em cartazes espalhados por bares, durante muito tempo (e algumas até hoje), as propagandas difundiam a imagem das mulheres como meros objetos de desejo, assim como a própria cerveja. Essa característica machista é retratada em um vídeo feito por alunos de uma faculdade em São Paulo para um trabalho de sociologia sobre a imagem da mulher na propaganda de cerveja: <a href="https://www.youtube.com/watch?v=7cVU_SEH8jQ&t=26s">https://www.youtube.com/watch?v=7cVU_SEH8jQ&t=26s</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Inconformadas com esse quadro atual, muitas mulheres estão se levantando contra isso de uma forma bem pró-ativa. Cansadas de ouvir frases como "bebe como homem", "mulher e cerveja? No máximo ajuda lavando as panelas", "moça, me vê um chope de mulher pra minha namorada" ou ainda "essa cerveja é boa pra mulher, é doce e levinha", um coletivo de mulheres se organizou e tratou de ingressar no universo cervejeiro da melhor forma: com a mão na massa, ou melhor dizendo, com a mão na brassagem, produzindo uma legítima cerveja artesanal denominada <a href="https://www.facebook.com/cervejaporelas/?fref=ts">Empoderar, Libertar, Agir - ELA</a>. Como disse Aline, uma de suas integrantes: "Falar sobre machismo e feminismo é muito amplo. Escolhemos, então, tratar dessas questões dentro da nossa realidade e a nossa realidade é o mundo da cerveja"[1]</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://3.bp.blogspot.com/-uVBpTgRr3pU/WOkTVqrHXaI/AAAAAAABDRw/D5ACJ5s-ekgzjn3Zdjs-IQDGd-NOwcZ_QCEw/s1600/IMG_1915.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://3.bp.blogspot.com/-uVBpTgRr3pU/WOkTVqrHXaI/AAAAAAABDRw/D5ACJ5s-ekgzjn3Zdjs-IQDGd-NOwcZ_QCEw/s400/IMG_1915.JPG" width="300" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Parte de trás do rótulo</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Contando com cerca de 200 mulheres de todo Brasil, em meados de 2016 a Cervejaria ELA lançou sua primeira cerveja. Para contrapor ao clichê de que cerveja para mulher tem que ser levinha, a primeira cerveja delas foi uma American Barley Wine, um dos estilos mais fortes e encorpados. Optaram ainda pelo lúpulo australiano denominado Ella, que acrescenta certas notas florais e picantes. Como cervejeiras ciganas, a primeira brassagem foi feita na Cervejaria Dádiva, onde produziram 2000 litros, </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Recentemente as cervejeiras da ELA estiveram em Curitiba, em um evento no <a href="https://www.facebook.com/coletivoalimentar/?fref=ts">Coletivo Alimentar</a> (bar com uma proposta muito interessante) e lá pude conhecer um pouco a história delas, suas propostas e, de quebra, degustar a ELA American Barley Wine. Com alto teor alcóolico (10% de IBU), uma coloração âmbar opaca e sensação aveludada na boca, particularmente achei uma cerveja com muita personalidade, como pede o estilo. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O rótulo roxo, bem elaborado, inclui informações gerais sobre os objetivos do coletivo, esclarecendo que transcende a elaboração da cerveja: "ELA é uma cerveja-voz. Voz sonora, alta e feminina". A garrafa vem ainda embrulhada em um pacote de papel (daqueles de padaria), com frases machistas que elas escutaram durante o processo de elaboração da cerveja. E tem gente que ainda acha "feminismo é vitimização" (uma das frases no pacote).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://4.bp.blogspot.com/-OWNMuEFgf3A/WOkeuZ54RPI/AAAAAAABDR8/OqdjfDb-n14YFm8H3zMROhXBtqStoFbIgCLcB/s1600/FullSizeRender%2B%25283%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="179" src="https://4.bp.blogspot.com/-OWNMuEFgf3A/WOkeuZ54RPI/AAAAAAABDR8/OqdjfDb-n14YFm8H3zMROhXBtqStoFbIgCLcB/s400/FullSizeRender%2B%25283%2529.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Pacote da ELA, com as frases machistas </td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por fim, como a Cervejaria ELA é uma entidade sem fins lucrativos, o lucro da American Barley Wine foi todo convertido para a Artemis, uma ONG que atua no combate à violência contra a mulher. Vale a pena conhecer: <a href="http://www.artemis.org.br/historia">www.artemis.org.br/historia</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em breve darão início à segunda brassagem em uma cervejaria de Porto Alegre. Estou ansioso não só pela cerveja em si, mas com a continuidade desse projeto tão interessante. A resposta delas ao machismo não só no ambiente cervejeiro, mas na sociedade como um todo, não poderia ser mais assertiva. Que sirva de inspiração para que cada vez mais mulheres ocupem também seu espaço nas cervejarias. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-LEhWKb6Rdos/WOkTZY7TJwI/AAAAAAABDRw/7VwgMZ572Esd-ApoqSgYqQMul9-KWAc0ACEw/s1600/IMG_1914.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://1.bp.blogspot.com/-LEhWKb6Rdos/WOkTZY7TJwI/AAAAAAABDRw/7VwgMZ572Esd-ApoqSgYqQMul9-KWAc0ACEw/s320/IMG_1914.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Divulgação da ELA no Coletivo Alimentar. </td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Notas:</div>
<div style="text-align: justify;">
Para ir mais longe: <a href="https://cervejaporelas.tumblr.com/">https://cervejaporelas.tumblr.com</a>/, </div>
<div style="text-align: justify;">
[1] http://revistadacerveja.com.br/a-mobilizacao-do-ela-contra-o-machismo-no-mercado-cervejeiro/<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Paulo Burianhttp://www.blogger.com/profile/07505773179450382133noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1590161030444821477.post-26252947900932050462017-04-02T06:00:00.001-07:002017-04-02T06:02:54.682-07:00O nascimento da Mujica! Um Guia prático para fazer cerveja em Curitiba com toda comodidade.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-Zzx5XfaoIHI/WODxxxlDbqI/AAAAAAABDQk/Gb11uVWuS2UtwqS-5VdUyFO0E8nXd5xtACLcB/s1600/IMG_0085.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-Zzx5XfaoIHI/WODxxxlDbqI/AAAAAAABDQk/Gb11uVWuS2UtwqS-5VdUyFO0E8nXd5xtACLcB/s320/IMG_0085.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A primeira Mujica AIPA, de 2015</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
O
gosto pelas cervejas artesanais despertou em mim a vontade de arriscar também a
produzi-la. Em 2015, eu e alguns amigos (Alexandre, Armando, Mateus e
Roni – e Maurício posteriormente), decidimos que era hora de nos arriscarmos
nessa seara e produzirmos nossa própria cerva, escolhendo inclusive o tipo
dela. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Entretanto, tínhamos receio de que, passada a empolgação inicial, desistíssemos de continuar a produção. Foi então que nos deparamos com uma ótima opção para nosso caso: lugares que ofereciam todos os insumos e equipamentos necessários, além de um "professor". Uma espécie de escola-cervejeira. Entre a comodidade de termos tudo
preparado e ainda contarmos com um tutor cervejeiro de um lado, e todo o
desafio e dificuldade que teríamos (além do investimento) do outro lado, acabamos optando pela
alternativa mais fácil.<br />
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Talvez
a maior dificuldade nesse primeiro momento tenha sido a escolha do nome que daríamos a nossa cerveja: depois
de semanas de debates, acabamos aceitando a sugestão de uma das
esposas e homenageando Mujica, ex-presidente uruguaio que refletia bem o nosso
espírito.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://4.bp.blogspot.com/-CvANrYYVgvY/WODw0pBjctI/AAAAAAABDQg/si92Q6yhTKUov7xNvOD3a8nGFabjQlJCQCEw/s1600/IMG_0830.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://4.bp.blogspot.com/-CvANrYYVgvY/WODw0pBjctI/AAAAAAABDQg/si92Q6yhTKUov7xNvOD3a8nGFabjQlJCQCEw/s320/IMG_0830.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Eu e meus amigos responsáveis pela Mujica</td></tr>
</tbody></table>
A
primeira leva da Mujica, uma AIPA (American India Pale Ale) com dry hoppping para caprichar no aroma, foi feita na <a href="http://www.hopnroll.com.br/">Hop’n Roll</a>, famoso bar
cervejeiro com temático rock em Curitiba, que oferece para seus clientes essa ótima alternativa de elaborar a própria cerveja. Para que a brassagem não demorasse muito tempo, na Hop’n Roll
utilizam o processo conhecido como <i>Brew in a Bag</i>. Esse método poupa muito tempo
do processo de brassagem e, embora possa ter um pouco menos de rendimento,
acaba facilitando ainda mais o processo. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Com todo esse apoio, o resultado foi melhor do que esperávamos: a Mujica AIPA apresentou muito aroma, com notas cíitricas e de maracujá. Diante do resultado, decidimos continuar nossa aventura cervejeira.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Para
a segunda e terceira brassagem, optamos por conhecer um outro espaço que tinha
acabado de abrir (em 2015). Tratava-se da <a href="http://www.beermind.com.br/">Beermind</a>, uma espécie de oficina cervejeira em um espaço bem
amplo que conta com toda a facilidade para quem, como a gente naquela
época, queria fazer do processo de produção de cerveja, um momento de lazer. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Toda a orientação e comodidade encontrada me deixou curioso sobre a história daquele lugar, já que um dos assuntos que mais me interessa é a história por trás dos
diferentes atores que têm contribuído com a verdadeira revolução da cerveja
artesanal em curso.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-XsctHdyQu5U/WODw_K7n3FI/AAAAAAABDQg/nuvZrtBu6xgCeNBO8xTRnDXAjLJQS_ObwCEw/s1600/IMG_1901.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://1.bp.blogspot.com/-XsctHdyQu5U/WODw_K7n3FI/AAAAAAABDQg/nuvZrtBu6xgCeNBO8xTRnDXAjLJQS_ObwCEw/s320/IMG_1901.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Richard na brassagem na Beermind</td></tr>
</tbody></table>
No
caso da Beermind, foi preciso retroceder 10 anos para desvendar suas origens,
quando Richard Budal da Costa (um dos irmãos fundadores), em 2005, partiu para fazer MBA em uma pequena
cidade perto Clevenlad, Ohio, nos EUA. Enquanto dedicava grande
parte do seu tempo para os estudos, conheceu um vizinho que tinha como hobby fabricar sua própria
cerveja em casa. Curioso, Richard resolveu conhecer esse processo e aprender também.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Embora
não fosse como hoje, naquela época já pipocavam em diversos cantos dos EUA
jovens se arriscando no processo de brassagem. Além disso, já existiam diversas microcervejarias, como o caso da <a href="https://www.greatlakesbrewing.com/">Great Lakes</a>, de Cleveland, que Richard passou apreciar. Ele foi se aprofundando no assunto e, em pouco tempo, começou a fazer suas cervejas no pouco tempo livre que dispunha.
Nem o pequeno espaço disponível em uma cozinha de apartamento foi suficiente
para diminuir seu entusiasmo inicial.<br />
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Finalizado
o MBA, retornou ao Brasil e conseguiu um emprego na sua área
profissional. Mas embora tenha deixado nos EUA todos os equipamentos necessários
para fazer cerveja, aquela vontade de continuar sua produção caseira
de cervejas permaneceu e mesmo diante de maior dificuldade em encontrar insumos e material necessário,
conseguiu retomar a fabricação das cervas para consumo próprio.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
O
tempo foi passando, Richard fazendo suas cervejas e foi percebendo que, embora muitas pessoas se animassem para também ingressarem nessa atividade, assim que passava a
empolgação inicial, desistiam, vencidos não diante não só do trabalho que dava para o
processo de produção em si, mas principalmente pelo empenho necessário para organizar e limpar tudo
assim que o trabalho tivesse, aparentemente, concluído. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Foi então que Richard e João (seu irmão) tiveram a ideia de criar um espaço que funcionasse como uma
espécie de escola-cervejeira, destinado fundamentalmente àqueles que quisessem
fazer a própria cerveja sem a necessidade de adquirir o equipamento e tampouco,
cuidar da organização. Nascia a Beermind.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://3.bp.blogspot.com/-YAKx6Zz3cSs/WODxKfyd2sI/AAAAAAABDQg/9MZOt0WPSoYg-zlo-Q3Kzh4Y-Gm1e3FOACEw/s1600/IMG_1898.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://3.bp.blogspot.com/-YAKx6Zz3cSs/WODxKfyd2sI/AAAAAAABDQg/9MZOt0WPSoYg-zlo-Q3Kzh4Y-Gm1e3FOACEw/s320/IMG_1898.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Processo de definição da receita da cerveja</td></tr>
</tbody></table>
Para
a elaboração da receita de cada frequentador, a Beermind (assim como a Hop’n Roll e outros tantos
cervejeiros caseiros) utiliza o programa Beer Smith II, que permite a livre escolha de diversas características da cerveja a ser produzida (cor,
amargor, graduação alcóolica, estilo, etc.) para definição da receita. E foi
justamente nesse espaço, amplo, bem estruturado e organizado, com todos os
insumos já devidamente organizados, que pudemos fazer as outras duas outras versões da
Mujca com mudanças dos seus estilos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Ou seja, sou testemunha do papel importante desempenhado por essas espécies de escolas-cervejeiras na difusão da cultura cervejeira, pelo menos em Curitiba. Com locais como essas escolas-cervejeiras fica muito fácil ingressar no mundo das cervejas artesanais. Os apaixonados por essas cervas agradecem.<br />
<br />
<span style="font-size: x-small;">Nota: [1] para aprender mais como fazer pelo processo brew in a bag, sugiro esse vídeo: <a href="https://www.youtube.com/watch?v=AehG0AbjTz8">https://www.youtube.com/watch?v=AehG0AbjTz8</a></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
Paulo Burianhttp://www.blogger.com/profile/07505773179450382133noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1590161030444821477.post-23127784898476354982017-03-26T10:21:00.000-07:002017-03-26T10:52:16.996-07:00A Revolução Artesanal no Interior Gaúcho: o Rio é mesmo Grande do Sul<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-nWRb7S64KQ4/WNf1T-t90sI/AAAAAAABCtU/U_FaY5tzeOcKp-WqD5TzMp0hDXWOK3uNACLcB/s1600/wrozka.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="308" src="https://1.bp.blogspot.com/-nWRb7S64KQ4/WNf1T-t90sI/AAAAAAABCtU/U_FaY5tzeOcKp-WqD5TzMp0hDXWOK3uNACLcB/s320/wrozka.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Wrozka Pilsen, degustada em Horizontina (RS)</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quando estou em viagem, muitas vezes a trabalho, sempre aproveito para conhecer cervejas artesanais locais. Em muitas cidades pequenas do interior, acabo surpreendido não apenas por encontrar alguma cerva local, mas também pela sua qualidade.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No final de 2014, estive no interior do Rio Grande do Sul, mais precisamente no noroeste do estado, quase divisa com a Argentina, quando acabei hospedado na pequena Horizontina, com menos de 20.000 habitantes. Sede de uma importante fábrica de máquinas agrícolas, a cidade também é conhecida por ser terra natal da Gisele Bündchen. Prova de que por lá as cervejas artesanais também estão em alta é o fato de que a faculdade local (FaHor) tem oferecido cursos específicos de brasagem, entre outros ligados ao tema. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-cQ4xasf_GUw/WNf1mF1CsOI/AAAAAAABCtY/NYjVgztkE9Au_1NyuRM7MDOro0HSjYUvACLcB/s1600/Hettwer.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-cQ4xasf_GUw/WNf1mF1CsOI/AAAAAAABCtY/NYjVgztkE9Au_1NyuRM7MDOro0HSjYUvACLcB/s320/Hettwer.jpg" width="288" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Chope da Hettwer Bier, de Três de Maio (RS)</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Sem encontrar cervejas de Horizontina, descobri algumas opções de cervejas da região justamente no restaurante do <a href="http://www.hotelouroverde.com.br/">Ouro Verde</a>, hotel em que estava hospedado .Primeiro comecei com um chope da <a href="http://www.hettwerbier.com.br/">Hettwer Bier</a>, pequena cervejaria da cidade vizinha cidade de Três de Maio. Optei por uma pilsen, que se mostrou bem carbonatada, com espuma persistente e aparência límpida. Sua refrescância caiu muito bem diante do calor que estava fazendo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pesquisando, descobri que a Hettwer, inaugurada em 2013, produz 10 estilos de cervejas e faz questão de afirmar que segue a Lei de Pureza Alemã (Reinheitsgebot), ou seja, não utiliza cereais não maltados.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Depois, ainda no mesmo restaurante, descobri uma cerveja artesanal engarrafada chamada <a href="https://www.wrozka.com.br/">Wrozka</a>. Trata-se de uma cervejaria da pequena cidade de Santo Antonio de Palma (menos de 2.200 habitantes), localizada a cerca de 310 km de Horizontina. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tomei uma Pilsen que apresentava características semelhantes à Hettwer, embora com aparência um pouco menos límpida pelo fato de não ser filtrada. Sabor levemente adocicado e bem equilibrada, lembro que deixou um retrogosto bem agradável.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No rótulo, a águia do brasão da Polônia (o mesmo utilizado pela seleção polonesa de futebol). O nome, Wroska, significa "fada" em polonês. Os evidentes sinais de que se tratava de uma cervejaria artesanal feita por descendentes de poloneses contribuíram para que eu descobrisse que o município de Santo Antônio de Palma, localizado na região serrada do estado, foi fundado justamente imigrantes poloneses (além de italianos). Cerveja artesanal também é cultura.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Terminei a noite satisfeito não só pela qualidade de ambas, mas por constatar que a revolução que as artesanais estão fazendo não se restringe aos grandes centros. Não é à toa que o Rio Grande do Sul tem se destacado em concursos de cervejas!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Paulo Burianhttp://www.blogger.com/profile/07505773179450382133noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1590161030444821477.post-71201679727996493852017-03-17T14:58:00.000-07:002017-03-18T06:21:50.255-07:00Um pouco de história: a concorrência desleal com as grandes cervejarias<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-wdG8MGxrMvY/WMtGfJfBPEI/AAAAAAABCnY/w3DfDU_azkglRdN2bJmoVME4C5ArXdI7gCLcB/s1600/foto%2Bantiga.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://1.bp.blogspot.com/-wdG8MGxrMvY/WMtGfJfBPEI/AAAAAAABCnY/w3DfDU_azkglRdN2bJmoVME4C5ArXdI7gCLcB/s320/foto%2Bantiga.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto da Revista O Malho, de 3/11/1917, retrantando romeiros com suas cervejas <br />
(fonte: livro de Teresa C. de N. Marques aqui citado, originalmente da Hemerteca Digital Brasileira)</td></tr>
</tbody></table>
<span style="background: white; color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 9.0pt;"><br /></span>
<span style="background: white; color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif;">D</span><span style="background: white; color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif;">e acordo com reportagem do jornal Valor de
fevereiro de 2016, o mercado de cervejas artesanais no Brasil vem apresentando um forte crescimento anual, da ordem de 30% a 40% (<a href="http://www.valor.com.br/cultura/blue-chip/4418136/cerveja-artesanal-nao-e-moda">http://www.valor.com.br/cultura/blue-chip/4418136/cerveja-artesanal-nao-e-moda</a>).
Esse cenário pode ser facilmente constatado nas principais cidades brasileiras nos últimos 10 ou 15 anos, principalmente ao nos depararmos com a quantidade crescente de bares e cervejarias destinados às artesanais.<o:p></o:p></span><br />
<span style="background: white; color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="background-color: white;"><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 9pt;">Mas ess</span><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 9pt;">e </span></span><span style="background: white; color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif;">cenário favorável não deixa de enfrentar obstáculos, principalmente por parte dos grandes fabricantes, hoje
conglomerados multinacionais, que já deram mostras de que estão sentindo o crescimento das artesanais. Uma das formas que a Ambev tem atuado para reagir a esse crescimento é através de fabricação de cervejas que
possam disputar o mercado com as artesanais, com preços tão competitivos que chegam a levantar suspeita de que estejam abaixo do custo de modo predatório.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://3.bp.blogspot.com/-egqBId_aw6E/WMtGiqRdFFI/AAAAAAABCnc/tNm9pf8ZPvotkQ4ETOKdZXcHaSLoN6vGQCLcB/s1600/cerveajario.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://3.bp.blogspot.com/-egqBId_aw6E/WMtGiqRdFFI/AAAAAAABCnc/tNm9pf8ZPvotkQ4ETOKdZXcHaSLoN6vGQCLcB/s320/cerveajario.jpg" width="222" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: small;">Livro da historiadora Teresa Cristina de N. Marques</span></td></tr>
</tbody></table>
<span style="background: white; color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif;">Interessante que esses obstáculos para as artesanais não é novidade. No bem documentado livro “A Cerveja e a
Cidade do Rio de Janeiro - de 1888 ao início dos anos 30” [1], a historiadora Teresa
Cristina de Novaes Marques ilustra como, no inicio do século XX, a Brahma
estava incomodada com a concorrência com as cervejarias pequenas de alta
fermentação que estavam incorporadas ao cotidiano da população trabalhadora da
cidade, como a Guarda Velha e a Santa Maria. </span><br />
<span style="background: white; color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="background: white; color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif;">Uma das armas que a <i>Brahma</i> utilizava para combater o crescimento dessas
pequenas cervejarias era condicionando a comercialização de suas cervejas
em bares que contraíam empréstimos a cláusulas de exclusividade estabelecidas no contrato.
Além disso, tal como agora, a <i>Brahma</i> passou a fabricar alguns tipos de cervejas mais populares, com menores preços para concorrer diretamente com essas pequenas
cervejarias. Nesse sentido, passou a produzir tanto aquelas de baixa fermentação
(lager), tal como a Ipiranga, registrada em janeiro de 1900; como a ABC, registrada em 1905, </span><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif;">de alta fermentação (ale) mas pasteurizada, diferentemente daquelas das cervejarias menores</span><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif;">.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="background: white; color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-size: 9pt;">Além disso, como parte da estratégia de eliminar as pequenas cervejarias e ampliar o domínio sobre o mercado, a </span><i style="background-color: transparent;">Brahma</i><span style="font-size: 9pt;"> se associou ao empresário da noite Pascoal Segreto para que no restaurante do seu teatro fosse vendida exclusivamente as suas cervejas ABC e a Guarany (produzida desde 1902), limitando ainda mais o espaço para as concorrentes menores, prática que ao longo do tempo se tornou corriqueira entre as grandes indústrias cervejeiras e os bares e restaurantes.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif;">Outro obstáculo enfrentado pelas cervejarias menores era a forte campanha de jornais
de grande circulação, como a <i>Gazeta de Notícias </i> que passavam a questionar <o:p></o:p></span><span style="background-color: white;"><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-size: 12px;">pequenas cervejarias de alta fermentação como a Santa Maria que produzia cerveja no fundo do salão e a vendia no salão principal. Em 1912, sob o título "A fábrica de de cerveja Santa Maria: horrorosa imundice; nos domínios das ratazanas", a Gazeta publicou reportagem criticando as condições de higiene do local e o perfil dos frequentadores, desdenhando inclusive do seu paladar e do gosto por tremoços (MARQUE, T.C.N, 2010). </span></span></span><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif;">O ambiente descrito nas reportagens era típico das pequenas fábricas de cervejas de alta fermentação, que dispunham, no mesmo espaço da produção, um salão onde se bebia, jogava e comia, além de espaço para alguma atração musical eventualmente Esse local era frequentado por operários, imigrantes, brasileiros e até mesmo trabalhadores negros, cenário que torna mais fácil a compreensão do preconceito que enfrentavam.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif;">Após a Santa Maria ter recebido apoio do </span><i style="background-color: white; color: #333333; font-family: verdana, sans-serif;">Jornal do Comercio,</i><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif;"> </span><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif;">que no dia seguinte teceu elogios à fábrica e tratou com mais benevolência seus frequentadores, a</span><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif;"> </span><i style="background-color: white; color: #333333; font-family: verdana, sans-serif;">Gazeta</i><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif;"> </span><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif;"> novamente veio à público fazer acusações, chegando a defender inclusive a necessidade de caçar a licença daquela cervejaria. Embora não houvesse qualquer evidência de ligação entre o jornal</span><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif;"> </span><i style="background-color: white; color: #333333; font-family: verdana, sans-serif;">Gazeta de Notícias</i><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif;"> </span><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif;">e a</span><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif;"> </span><i style="background-color: white; color: #333333; font-family: verdana, sans-serif;">Brahma</i><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif;">, era evidente que ambos estavam em campanha para depreciar as cervejarias de alta fermentação.</span><br />
<span style="background-color: white;"><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-size: 12px;"><br /></span></span></span>
<span style="background-color: white;"><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-size: 12px;">A resistência às campanhas difamatórias não era trivial, pois mesmo que esses pequenos cervejeiros mantivessem entidades associativas até certo ponto politicamente ativas, tinham poder limitado para influenciar, por exemplo, decisões de política fiscal, que muitas vezes as prejudicavam.</span></span></span><br />
<span style="background-color: white;"><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-size: 12px;"><br /></span></span></span>
<span style="background-color: white;"><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-size: 12px;">Diante desse contexto, fica mais fácil compreender porque demorou tanto tempo para que as artesanais conseguissem, de certa forma, romper com a ditadura das grandes indústrias cervejarias com suas <i>American Standard Lager</i> de menor qualidade. A luta nunca foi fácil.</span><span style="font-size: 12px;"> </span></span></span><br />
<span style="background-color: white;"><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-size: 12px;"><br /></span></span></span>
<span style="background-color: white;"><span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="font-size: 12px;"><br /></span></span></span>
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: xx-small;"><span style="background-color: white;">Nota: </span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: xx-small;"><span style="background-color: white;">[1] Grande parte do que aqui reproduzi em termos históricos decorre do livro citado da historiadora Teresa C. de Novaes Marques, presente que ganhei de outra historiadora e grande amiga Gabriela Sampaio.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Paulo Burianhttp://www.blogger.com/profile/07505773179450382133noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1590161030444821477.post-69475392930604705862017-03-11T15:14:00.001-08:002017-03-11T15:14:15.715-08:00O Festival Brasileiro de Cervejas e as ACerVas<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://3.bp.blogspot.com/-ygXaD9UYZQM/WMR9wPPlVfI/AAAAAAABCj0/UdVC7hU8JA47lA2W7iiZOJVgfBHsjCMiwCLcB/s1600/banner_site_Festival-1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="181" src="https://3.bp.blogspot.com/-ygXaD9UYZQM/WMR9wPPlVfI/AAAAAAABCj0/UdVC7hU8JA47lA2W7iiZOJVgfBHsjCMiwCLcB/s400/banner_site_Festival-1.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Banner do Festival Brasileiro da Cerveja (fonte: http://festivaldacerveja.com/sistema/)</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nessa semana foi realizado o Festival Brasileiro de Cerveja em Blumenau, que está se encerrando hoje, 11 de março.Trata-se de um dos maiores eventos cervejeiros da América Latina e a escolha de Blumenau não poderia ser mais adequada, já que essa cidade catarinense, colonizada em grande parte por imigrantes alemães, foi uma das primeiras cidades a contar com fábricas de cervejas, sendo que há registros de que, em 1880, já contava com nove unidades e desde então despontou como uma espécie de capital nacional da cerveja. Não é a toa que a versão brasileira mais famosa da Oktoberfest é realizada ali.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Neste Festival (que infelizmente eu não pude comparecer), os presentes aproveitam para não apenas degustar o que há de melhor do universos das artesanais de diversos estados brasileiros, como também para trocar ideias com mestres cervejeiros ou com outros apreciadores, além de fazerem cursos diversos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Destinado exclusivamente às microcervejarias e às artesanais (sem presença das grandes fábricas como Ambev, Brasil Kirin, Heineken e Petrópolis), esse evento acaba adquirindo uma importância ainda maior no meio e contribui para a difundir ainda cultura cervejeira.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nos primeiros dias, foi realizado um concurso anual que contou com mais de 2000 rótulos inscritos, de cerca de 330 cervejarias, divididas em mais de 140 estilos diferentes que foram submetidos à apreciação de 60 jurados (metade estrangeiros, totalizando 20 países diferentes).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Embora os estados do Sul (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná) e São Paulo tenham conquistado o maior número de medalhas, merece destaque o fato de que 12 estados diferentes (de todas as regiões do Brasil) conquistaram alguma medalha.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Na categoria geral, o primeiro lugar ficou com a Tupiniquim (de Porto Alegre, RS), seguida pelas curitibanas Bodebrown e Bier Hoff. No Paraná, onde resido, foram 47 premiações. Entre a quantidade de cervejas premiadas, podemos destacar a Bodebrown (com 11 rótulos), a Bier Hoff (9), a Morada (5), a Way (4),a Ogre Bier (3) e a Wensky (2), além de outras como a Swamp e a Asgard que também tiveram cervejas premiadas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://3.bp.blogspot.com/-_KnMWYiVvq0/WMRuSwANnqI/AAAAAAABCjk/qsUMjCrt4zIVVaID0wPA7EFFqD4honnHgCLcB/s1600/mapa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="275" src="https://3.bp.blogspot.com/-_KnMWYiVvq0/WMRuSwANnqI/AAAAAAABCjk/qsUMjCrt4zIVVaID0wPA7EFFqD4honnHgCLcB/s400/mapa.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Número de medalhas por Estado (fonte: <a href="http://festivaldacerveja.com/concurso/downloads/Resultado_2017.pdf)">http://festivaldacerveja.com/concurso/downloads/Resultado_2017.pdf)</a></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Além desse concurso, ocorreu ainda uma Feira voltada para profissionais do ramo, com mais de 50 expositores de insumos e equipamentos do mais diversos, distribuídos em uma área de 5000 m2.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No último dia ocorreu ainda um encontro de cervejeiros caseiros das ACervAs, as associações de cervejeiros artesanais de diversos estados. Tratam-se de organizações sem fins lucrativos criadas com o objetivo de reunir cervejeiros domésticos para trocarem ideias, receitas, aprendizados ou ainda para que consigam maior poder de barganha para aquisição de insumos e equipamentos (BELTRAMELLI, M. 2014). As ACervAs se organizam por estados e agregam, basicamente, aqueles cervejeiros que realizam a brassagem em panelas em suas casas, de modo mais rústico. Amadores (no sentido de que não dependem das suas cervejas para sobreviver), normalmente os cervejeiros caseiros são apaixonados pela brassagem e não relutam em participar de encontros, fazer cursos, e ler bastante a respeito.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://3.bp.blogspot.com/-fatwdDgXoVI/WMSEAR7DoQI/AAAAAAABCkI/1xyDz6IRsxUWv6YqT1SyN-v5eLKRaFVFgCLcB/s1600/IMG_1482.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="265" src="https://3.bp.blogspot.com/-fatwdDgXoVI/WMSEAR7DoQI/AAAAAAABCkI/1xyDz6IRsxUWv6YqT1SyN-v5eLKRaFVFgCLcB/s320/IMG_1482.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Drakkar, na Noite das Artesanais</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
A primeira ACervA que se têm registro foi a ACervA Carioca, constituída em 1996 por 18 cervejeiros (<i>homebrewers</i>) e desde então passou a organizar concursos e encontros. Em fevereiro deste ano, estive em um encontro denominado "Noite das Artesanais" promovido pela ACerva Paranaense, no Drakkar, uma importante cervejaria em Curitiba. Lá tive o prazer de conhecer alguns dos cervejeiros caseiros, degustar diferentes cervejas oferecidas e ainda conhecer um pouco a estrutura da sua organização. A <a href="http://acervapr.com.br/">ACerva-PR </a>tem realizado eventos dessa natureza constantemente visando difundir as cervejas artesanais. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O próximo evento será o IV Concurso Sul Brasileiro de Cervejas Caseira, a ser realizado entre os dias 28 a 30 de abril. A importância da ACerVa na difusão da cultura cervejeira é tão grande que pretendo abordá-la ainda em outras postagens.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Esses cervejeiros caseiros associados ou não nas ACerVas acabam se diferenciando daqueles que já possuem uma fábrica própria, os quais podemos chamar de microcervejarias, que embora não deixem de ser artesanais, possuem uma capacidade de produção e distribuição maior. Um bom exemplo das microcervejarias é justamente essas que citei entre as que foram premiadas no Festival da Cerveja, como as curitibanas Bodebrown, Morada e Way. No Paraná, as microcervejarias possuem uma associação própria, denominada <a href="http://www.procerva.com.br/">Procerva</a> - Associação das Microcervejarias do Estado do Paraná, que busca fortalecer a representativa do setor no mercado brasileiro.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Que essas associações continuem firme no trabalho de difundir a cultura cervejeira, seja em simples encontros, seja em concursos nacionais como este récem encerrado em Blumenau. A revolução artesanal passa por isso. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<br />
<br />Paulo Burianhttp://www.blogger.com/profile/07505773179450382133noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1590161030444821477.post-74173774260083299012017-03-06T16:51:00.002-08:002017-03-06T16:51:22.923-08:00Opa! Tem cerveja artesanal até no Psicodália<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-N8N5cMomP1s/WLy4hkVp_7I/AAAAAAABChw/8R2kuYgsGnMn3NR_FrKSWTG1NOA7Zv8OgCLcB/s1600/P1010540.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://1.bp.blogspot.com/-N8N5cMomP1s/WLy4hkVp_7I/AAAAAAABChw/8R2kuYgsGnMn3NR_FrKSWTG1NOA7Zv8OgCLcB/s320/P1010540.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Ipa da Opa Bier, degustada no Psicodália em copo durável</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Nesse carnaval estive no Psicodália, festival multicultural que ocorre anualmente em uma fazenda no pequeno município catarinense de Rio Negrinho, divisa com o Paraná. Trata-se
de um evento único, onde mais de 6000 pessoas abrem mão de qualquer luxo para acampar em um ambiente de paz, respeito e harmonia. Contando com mais
de 50 shows, que vão desde artistas promissores como Grand Bazaar e Francisco El Hombre, até outros bem consagrados
como Ney Matogrosso e Erasmo Carlos, o festival ainda conta com outras
atividades como uma tirolesa, uma trilha para bela cachoeira, um lago, cinema, teatro e oficinas das
mais diversas atividades.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Além de práticas diárias de yoga, tai chi chuan e kung ku, havia ainda oficinas relacionadas com bem estar, como bordados, biodália, hambúrguer caseiros e....cerveja artesanal (entre outras). Como carnaval e cerveja têm tudo a ver, minha ideia inicial era aproveitar minha estadia lá para fazer essa oficina de modo a obter pegar dicas interessantes, fazer novos contatos e repassar a experiência para os leitores do blog. As informações básicas sobre a oficina podem ser vistas aqui: <a href="http://www.psicodalia.com.br/atracao/cerveja-caseira-sem-complicacao/">http://www.psicodalia.com.br/atracao/cerveja-caseira-sem-complicacao/</a> Entretanto, com número limitado de vagas, eu não consegui em
inscrever a tempo e acabei perdendo a oficina. Uma pena, mas a vida que segue e fui atrás das cervejas que
tinham disponíveis<br />
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Como
se tratava de um evento multicultural mais alternativo, não havia aquela figura de patrocinadores,
tão comuns em shows e outros espetáculos do gênero, normalmente implicando em monopólio de marcas do grande capital, impostas ao público. Desse modo, mantendo o espírito do festival, o Psicodália não tinha qualquer
restrição em relação à entrada de alimentos e bebidas. Mais um ponto
positivo para o festival, pois pude levar umas cervas que bem entendesse. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Dentro
do espaço comercial do Psicodália (bares), entre as cervejas disponíveis tinha Heineken em lata e chopes da Opa Bier. A Heineken
eu considero uma das melhores alternativas dentro do escopo das A<i>merican
Standard Lagers</i> mais comerciais por não ter os tais “cereais não maltados” que
transformam a cerveja em algo insosso e sem sabor. Mas não é dessas cervejas que vou abordar aqui, obviamente, pois não teria muito a acrescentar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Quero aproveitar para falar da opção de cerveja mais artesanal que tinha por lá: a Opa Bier. Trata-se uma
cervejaria artesanal originária de Joinville (SC), a 90 km do Psicodália, que iniciou suas atividades em 2006 e
cresceu muito nos últimos tempos. Atualmente, pode-se dizer que a Opa exerce um
certo protagonismo não só em Joinville, mas em todo estado de Santa
Catarina. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Dentre as três opções disponíveis no festival pela Opa (Pilsen, IPA e Porter), acabei optando pela Ipa. Embora não
tenha um amargor tão acentuado como outras do mesmo estilo, o resultado não decepcionou, pois seu final mais maltado do que outras IPAs acabou combinando bem com o calor que estava fazendo, tornando-a mais leve e refrescante. Dentro do espírito proposto para o festival, para evitar utilização de copos descartáveis, cada um adquiria seu próprio copo durável para usar o tempo inteiro (ver foto). Enfim, foi ótimo contar com
cerveja desse naipe em um festival localizado em local mais isolado, apesar do preço não ser dos
mais atraentes (R$ 13,00 o copo de 350 ml).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Em
seu <a href="http://opabier.com.br/">site,</a> entre outras informações interessantes, a Opa se apresenta como a cervejaria que buscou resgatar a tradição cervejeira da cidade, apresentando um breve histórico de outras cervejarias artesanais na história de Joinville. Devido à sua colonização alemã,
há uma certa tradição em cervejarias na cidade, que teria se iniciado em 1852, com a Schmalz, considerada
a primeira cervejaria artesanal de Santa Catarina. Essa cervejaria pioneira utilizava milho em sua
composição devido à dificuldade de se plantar cevada por aqui ou de importar a matéria prima naquela época. Ainda no século XIX, surgiram outras na cidade, como a Kuhne, a Berner
(originalmente Rischbieter Brauerei de Blumenau) e a Tiede. Já no século
XX, surgiu a Catharinense, posteriormente vendida para a Antarctica. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Além
de recuperar histórico de antigas cervejarias joinvillenses, o site da Opa
ainda disponibiliza um blog com informações interessantes relacionadas à
cerveja, como escalas de amargor, harmonização, além de histórico de suas
cervejas. Vale a pena um passeio por lá.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<div style="text-align: right;">
</div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-Db2CedhH7g4/WL4CZXZ0MjI/AAAAAAABCic/oKNiJ382_zkxF-z9-SYJDKZmZvJdUB-UACLcB/s1600/maxresdefault.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="180" src="https://1.bp.blogspot.com/-Db2CedhH7g4/WL4CZXZ0MjI/AAAAAAABCic/oKNiJ382_zkxF-z9-SYJDKZmZvJdUB-UACLcB/s320/maxresdefault.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Cervejaria Opa no Pórtico [1]<br /></td></tr>
</tbody></table>
Atualmente, a Opa pode ser encontrada em diversos locais não só em Joinville, mas em todo estado de Santa Catarina. Eu, que tenho família em Joinville, já conhecia há algum tempo e, mais recentemente, pude conhecer um dos seus bares, que está localizado no Pórtico de entrada da cidade. Mostrando-se antenada,
recentemente ela implementou containers com torneiras acionadas automaticamente
com cartões pré-pago, chamados de Opa-Card, tal como a Bodebrown também faz em
Curitiba.<br />
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<div style="text-align: justify;">
Depois do sucesso da Opa, Joinville tem experimentado um boom cervejeiro e outras artesanais tem surgido por lá, como a excelente Mad Dwarf, com uma vastíssima carta de cervejas que pude experimentar recentemente, levado por minha irmã e meu cunhado (cervejaria que merecerá uma postagem específica). </div>
<br /></div>
<span style="text-align: justify;">Enfim, Joinville tem se tornado outro polo cervejeiro. Diante
do crescimento da produção e distribuição da Opa, o maior desafio agora é que ela consiga manter as
características e a qualidade de uma boa cerveja artesanal.
Vamos torcer! </span><br />
<span style="text-align: justify;"><br /></span>
<span style="text-align: justify;"><br /></span>
<span style="font-size: xx-small;"><span style="text-align: justify;">Nota: [1] Foto obtida em </span><span style="text-align: center;">to obtida em http://worldwide.chat/DJ_Sunset-Bar_da_F%C3%A1brica_OPA_Bier-12_08_2016/K5jk7NK7gR0.video</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p></o:p></div>
Paulo Burianhttp://www.blogger.com/profile/07505773179450382133noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1590161030444821477.post-80746325747043362592017-02-23T20:23:00.001-08:002017-02-24T02:16:07.863-08:00Tô me guardando pra quando o carnaval passar<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://2.bp.blogspot.com/-C9BuUbklp14/WK-zasGStKI/AAAAAAABBYc/9DBdrLTUSywhp-mf-_acoVRtqZrEVkKEwCLcB/s1600/IMG_1488.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://2.bp.blogspot.com/-C9BuUbklp14/WK-zasGStKI/AAAAAAABBYc/9DBdrLTUSywhp-mf-_acoVRtqZrEVkKEwCLcB/s320/IMG_1488.JPG" width="320"></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Turbinada IPA, aquecendo os motores para o carnaval</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br></div>
<div style="text-align: justify;">
O blog da revolução cervejeira fará um pequeno intervalo, aguardando o carnaval passar, mas com novidades já engatilhadas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br></div>
<div style="text-align: justify;">
A primeira delas será um relato especial sobre a oficina de cerveja artesanal prevista para ocorrer no <a href="http://www.psicodalia.com.br/">Psicodália</a>, festival multiculural independente ocorre durante o período de carnaval. Embora ainda não tenha vaga garantida, pretendo realizar essa oficina para verificar mais algumas dicas em relação ao processo produtivo da verdadeira cerveja artesanal, feita na panela, na sua forma mais simples. Para saber mais informação sobre essa oficina, vale a pena checar aqui: <a href="http://www.loucosporales.com.br/2016/06/a-maneira-mais-simples-de-fazer-cerveja.html">http://www.loucosporales.com.br/2016/06/a-maneira-mais-simples-de-fazer-cerveja.html</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br></div>
<div style="text-align: justify;">
A segunda novidade refere-se à uma breve apresentação da Associação dos Cervejeiros Artesanais Paranaenses, conhecida como Acerva-PR. Estive pessoalmente na última quarta-feira (dia 22/02) em um dos eventos que a Acerva-PR organiza mensalmente, com compartilhamento de cervejas entre os seus associados. A importância dessa associação que tem como objetivo principal "aproximar e unir pessoas apaixonas pela arte da produção de cerveja nacional" (<a href="http://acervapr.com.br/a-acerva-pr)">http://acervapr.com.br/a-acerva-pr)</a> merecerá, em breve, uma atenção especial.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br></div>
<div style="text-align: justify;">
A terceira e última novidade refere-se a um caráter histórico em relação à produção de cerveja artesanal, em especial, àquela chamada de alta fermentação. Com base em um estudo da historiografia bem documentado, enfatizarei alguns aspectos que ajudam a entender as dificuldades que as cervejas de alta fermentação (as chamadas ales) enfrentaram nesse país no início do século XX, quando perderam espaço para a standard american lager.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br></div>
<div style="text-align: justify;">
Enfim, aproveitem o carnaval para conhecer novas cervejas, e aguardem que semana que vem teremos novas postagens.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br></div>
<div style="text-align: justify;">
Um brinde e até quarta-feira de cinzas, com nova postagem.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br></div>
<div style="text-align: justify;">
<br></div>
<div style="text-align: justify;">
<br></div>
Paulo Burianhttp://www.blogger.com/profile/07505773179450382133noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1590161030444821477.post-23129476477984391602017-02-18T05:29:00.001-08:002017-02-18T07:34:02.933-08:00Qual o mistério da Xamã?<div class="MsoNormal">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-uV0L5tIlDYk/WKhEoppKCWI/AAAAAAABBW8/LDp04H3BrKsNY7BP2qQfWA3OxCheWY-lACLcB/s1600/kuarasy%2526Iasy.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="227" src="https://1.bp.blogspot.com/-uV0L5tIlDYk/WKhEoppKCWI/AAAAAAABBW8/LDp04H3BrKsNY7BP2qQfWA3OxCheWY-lACLcB/s320/kuarasy%2526Iasy.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Kûarasy e Îasy (fonte: vídeo promocional https://vimeo.com/202228851)</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://3.bp.blogspot.com/-S384CyQygNk/WKhOaPHKscI/AAAAAAABBXw/VECCHkQc3hcQfOjyOwfEmgmjIR9YbGcowCEw/s1600/IMG_5343.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="https://3.bp.blogspot.com/-S384CyQygNk/WKhOaPHKscI/AAAAAAABBXw/VECCHkQc3hcQfOjyOwfEmgmjIR9YbGcowCEw/s200/IMG_5343.JPG" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Grafite com Leminski no Fidel</td></tr>
</tbody></table>
Um dos meus bares prediletos em Curitiba é o descontraído <a href="https://www.facebook.com/fidelcuritiba/?fref=ts">Fidel</a>. Trata-se de um local que, além de abrir espaço para bons músicos (toda sexta, por exemplo, tem chorinho da melhor qualidade), possui um ambiente agradável, sem fronteiras entre a área interna e a calçada à frente, por onde circula seu fiel público. Na entrada, um grafite com Paulo Leminski já dá pistas sobre o clima do bar. Como se não bastasse, Carlos (proprietário) e sua equipe sempre mantém à disposição, além de cervejas para todos os gostos, algumas opções de cerveja artesanal servida nas torneiras. E foi lá que no ano passado fui apresentado às cervejas<a href="https://www.facebook.com/CervejariaXama/?fref=ts"> Xamã</a>, mais uma ótima artesanal proveniente da região de Curitiba.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
Com o costume de frequentar o bar e saborear aquela até então desconhecida cerveja para mim, sempre ficava com curiosidade
para saber mais sobre a Xamã.</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Até que no último domingo (12/02) tive a oportunidade de conhecer de
perto a galera da Xamã quando organizaram, em conjunto com o <a href="http://www.casatreze.com.br/">CasaTreze Studio</a>,
o lançamento duas novas cervejas (Îasy e Kûarasy) em um descolado bar da
Trajano (<a href="https://www.facebook.com/purplereis/?fref=ts">Purple Reis</a>) no evento denominado Apamonama [1].<o:p></o:p><br />
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://2.bp.blogspot.com/-Rlp6OFYrlII/WKhJJDaD41I/AAAAAAABBXY/7-13Vp02zJI9k9OH_umv_4AU1Gj5HO4HACLcB/s1600/IMG_1386.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="150" src="https://2.bp.blogspot.com/-Rlp6OFYrlII/WKhJJDaD41I/AAAAAAABBXY/7-13Vp02zJI9k9OH_umv_4AU1Gj5HO4HACLcB/s200/IMG_1386.JPG" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Helinho Brandão e Banda no Purple Reis </td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Chegando lá, me deparei com um pub jovem, ambiente descontraído e com pessoal bem antenado. Além dos chopes artesanais servidos em torneiras, há cervejas em garrafas e, para comer, boas fatias de pizza. Naquele dia tinha ainda uma galera fazendo tatoos como parte da programação especial. No início da noite, o ótimo jazz do Helinho Brandão e Banda, figura carimbada da boa música curitibana. Ao que parece, ele toca todos os domingos no local.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-yiwi0519TIg/WKSu_czTb4I/AAAAAAABBMg/eKoMSYd0VTo8xBMUjj47sXUsaq0cOflUgCLcB/s1600/IMG_1389%2B%25281%2529.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://1.bp.blogspot.com/-yiwi0519TIg/WKSu_czTb4I/AAAAAAABBMg/eKoMSYd0VTo8xBMUjj47sXUsaq0cOflUgCLcB/s320/IMG_1389%2B%25281%2529.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="font-size: 12.8px;">Lula e Michel, cervejeiros da Xamã, no lançamento das beras</td></tr>
</tbody></table>
Junto do balcão, enquanto era servido, finalmente conheci dois dos três sócios responsáveis pela Xamã (Luiz “Lula” e Michel – o outro chama-se Leonardo). Além do fato dos três jovens
serem amigos de longa data, e engenheiros químicos, descobri que Lula e Leonardo trabalharam antes, durante alguns
anos, na Ambev. Já Michel trabalha em empresa de tratamento de água. Ou seja, conhecem por dentro não só toda a engrenagem
de uma gigante indústria da cerveja, mas também de características fundamentais de seu processo produtivo e, com isso, adquiriram uma experiência a mais para, juntos, fazerem suas próprias cervas.<br />
<br />
Em meados de 2014, resolveram fazer a cerveja como
eles gostariam: com pleno controle sobre o produto, utilizando matéria prima de primeira e aproximando a cerveja da arte. Foi com esse intuito que, desde o início, buscaram estabelecer parcerias com coletivos/artistas da cidade a cada nova receita, misturando cerveja com arte de forma efetiva.<br />
<br />
Ao longo de sua existência, antes desses últimos lançamentos, já tinham feito diversas parcerias, tais como:<br />
- English Pale Ale, com @vitorsquash, idealizador da marca;<br />
- AmarguIPA, com Eduardo Milek, uma American IPA;<br />
- SummerIPA, com Estelle Flores (@estelleflores), uma Session IPA;<br />
- Boiuna, com <a href="https://www.facebook.com/coletivodasnuvens/?fref=ts">Das Nuvens</a>, uma Pilsen;<br />
- Yunaluna, com <a href="https://www.facebook.com/wakeupcolab/?fref=ts">Wake Up Colab</a>, uma Dark IPA;<br />
- Yagé APA, com <a href="https://www.facebook.com/clubedacolagem/?fref=ts">CCC - Clube da Colagem de Curitiba</a>;<br />
<br />
Agora a Xamã tem como meta para meados de 2017, abrir junto da pequena fábrica, localizada no Boqueirão, um espaço para receber
degustadores e ampliar a produção. A depender do sucesso da empreitada, quem sabe poderão se dedicar exclusivamente a produção de suas beras, já que atualmente ainda dividem tempo com seus empregos durante a semana.</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: right;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://3.bp.blogspot.com/-kbIkgt8ePuw/WKhHJcHYVpI/AAAAAAABBXI/3SAr8liqhegyTxLPGBbd0ffMHBTBw5TawCLcB/s1600/IMG_1382.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="https://3.bp.blogspot.com/-kbIkgt8ePuw/WKhHJcHYVpI/AAAAAAABBXI/3SAr8liqhegyTxLPGBbd0ffMHBTBw5TawCLcB/s200/IMG_1382.JPG" width="198" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Tábua de cervejas oferecidas no evento, <br />
com destaque para as duas da Xamã</td></tr>
</tbody></table>
Enquanto isso não ocorre, seguem criando novas cervejas em parcerias e rompendo paradigmas.
Nesse domingo, pude degustar a Witbier Îasy (Lua em tupi antigo) e a Vienna
Lager Kûarasy (Sol – em tupi antigo), resultado das parceiras com o CasaTreze Studio (@CasaTreze) e Rádio Treze (@RadioTreze). Entre as duas, por questões pessoais, me
chamou mais a atenção a Kûarasy, uma Vienna Lager bem equilibrada e com notas
caramelizadas sem perder o amargo decorrente do seu lúpulo. Ressalta-se que o
nome desse estilo vem tipo de malte que usa. Já a Îasy tem a refrescância de
uma tradicional Witbier, bem leve, aromas cítricos e final seco. Mas rompendo com a ortodoxia que às vezes caracteriza tradicionais cervejeiros, a Xamã procura estimular que os
apreciadores arrisquem na degustação e misturassem as duas cervejas (na proporção que desejassem) para descobrir um novo sabor. Entrando no clima, aceitei a proposta, com a sensação de quem estivesse fazendo alguma contravenção. E confesso que o resultado me surpreendeu positivamente.</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br />
<o:p></o:p>
Essa abertura a novas propostas e o estreitamento com seu público ficaram bem caracterizados no vídeo promocional que lançaram na ocasião, resultado da parceria com o CasaTreze Studio. Recomendo que conheçam o vídeo, disponível no Vímeo (para ver, clique <a href="https://vimeo.com/202228851">aqui</a> ou procure no Vímeo por Cervejaria Xamã).</div>
</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Enfim, inovando na linguagem e nas cervejas, a Xamã apresenta-se, de fato, como outra boa alternativa de cerveja artesanal no mercado de Curitiba, reflexo de uma verdadeira revolução em curso não só nessa cidade, mas em grande parte do Brasil. Que seus cervejeiros continuem inspirados na busca por representar com sabor, a arte. Os apreciadores como eu agradecem.<br />
<br />
<span style="font-size: x-small;">Nota: [1] nome que vem do tupi antigo e significa misturar, remexer. </span></div>
Paulo Burianhttp://www.blogger.com/profile/07505773179450382133noreply@blogger.com0Curitiba, PR, Brasil-25.4289541 -49.267136999999991-25.887588599999997 -49.912583999999988 -24.9703196 -48.621689999999994tag:blogger.com,1999:blog-1590161030444821477.post-60466522412775609882017-02-12T04:52:00.002-08:002017-02-17T05:02:45.938-08:00Abre alas que a Bertol quer passar<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://3.bp.blogspot.com/-9gdMQySgZfM/WJ_Gvk2Ql3I/AAAAAAABBLc/Qch5EhqNfJkA5XJIC5UlGv0SV_9fpP2mACLcB/s1600/IMG_1363.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://3.bp.blogspot.com/-9gdMQySgZfM/WJ_Gvk2Ql3I/AAAAAAABBLc/Qch5EhqNfJkA5XJIC5UlGv0SV_9fpP2mACLcB/s320/IMG_1363.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O cervejeiro Evandro Bertol e Julieta</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Depois
da postagem sobre as cervejas descobertas em Pato Branco, o cervejeiro
responsável pela elogiada Bertol Witbier Siciliana entrou em contato comigo (ver <a href="http://revolucaoartesanal.blogspot.com.br/2017/01/witbier-em-pato-branco-e-outras.html">http://revolucaoartesanal.blogspot.com.br/2017/01/witbier-em-pato-branco-e-outras.html</a>). Trata-se
de Evandro Bertol. Produz sua cerveja em casa mesmo e, embora resida em
Curitiba, o único bar que até agora disponibiliza suas cervejas é o Mecânica Meat’n
Beer, em Pato Branco.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://3.bp.blogspot.com/-B78x0qc4LbU/WJ_Zv0kyuvI/AAAAAAABBL4/E_0JUVeZz487ttI2YdD1DxmfbLlbFlVcACLcB/s1600/IMG_1354%2B%25281%2529.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="175" src="https://3.bp.blogspot.com/-B78x0qc4LbU/WJ_Zv0kyuvI/AAAAAAABBL4/E_0JUVeZz487ttI2YdD1DxmfbLlbFlVcACLcB/s200/IMG_1354%2B%25281%2529.JPG" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Bastards Jean Le Blanc, degustada no Drakkar</td></tr>
</tbody></table>
Combinei
de encontrá-lo para que pudesse descobrir – e relatar – mais detalhes sobre sua
produção. O fato de fazê-la em Curitiba, relativamente perto de onde moro, mas
só tê-la descoberto a 450 km daqui mereceria uma investigação. Seguindo
sugestão do cervejeiro, marcamos de nos encontrarmos na Drakkar (<a href="https://www.facebook.com/drakkarbeerfood/">https://www.facebook.com/drakkarbeerfood/</a>), um bar
cervejeiro que, como fica no bairro Água Verde (distante de onde resido e
trabalho) e é relativamente novo, não conhecia. Ambiente agradável, diversas
torneiras com artesanais paranaenses como a Bastards, Swamp e a Queen’s (essa última de Arapongas) e o som do violão de Fábio Elias (do Relespública) fazem do local mais do que um bar, mas um centro de divulgação das cervejas
artesanais, já que inclusive serve constantemente como ponto de encontro dos
cervejeiros. Gostei bastante. Entre as cervejas que tomei naquela noite, destaque para a Bastards Jean Le Blanc, uma witbier bem turva e com sabor persistente, cuja cervejaria merecerá uma postagem específica. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Foi
nesse ambiente cervejeiro que conheci pessoalmente o responsável pelas cervejas
Bertol, juntamente com sua família (a companheira Julieta e suas filhas gêmeas). Com o
entusiasmo típico de quem produz suas cervejas artesanalmente, Evandro contou-me que
aprendeu por conta própria, assistindo vídeos e lendo artigos na internet no final de 2012.
Posteriormente fez alguns cursos específicos, para algum estilo ou ainda para identificar <i>off flavors</i> [1].</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
O
que começou como um agradável hobby, foi ficando sério quando,
incentivado por sua companheira, passou a inscrever suas cervas em concursos pelo Brasil afora. Sem maiores pretensões, o interesse dele, a princípio, era obter um feedback por parte dos jurados e poder aprimorá-las.
Entretanto acabou conseguindo mais sucesso do que esperava: a Witbier
Siciliana, em 2016, acabou finalista e medalha de bronze no Bierville 2016,
concurso promovido pela cervejaria Opa de Joinville. Ou seja, não fui só eu que
achei esta cerveja surpreendente quando experimentei em Pato Branco. Ele me contou
que buscando aprimorar sua Witbier, optou por
utilizar as semente do coentro importada (e com menor quantidade), trocando ainda a casca de laranja da receita tradicional por limão siciliano para dar um toque
especial, aprimorando a fragrância cítrica mas mantendo as características deste estilo
belga. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://4.bp.blogspot.com/-69za1ujPxYU/WJ_G-i1YB6I/AAAAAAABBLg/OMnngFLSihIzaKHdupoaSiviq7jdlvCiACEw/s1600/IMG_1369.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="https://4.bp.blogspot.com/-69za1ujPxYU/WJ_G-i1YB6I/AAAAAAABBLg/OMnngFLSihIzaKHdupoaSiviq7jdlvCiACEw/s200/IMG_1369.JPG" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Baltic Porter Bertol</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Além
dessa, a Baltic Porter do Evandro Bertol também foi finalista em um Festival Brasileiro de
Cervejas Artesanais de 2016. De modo geral, a Baltic Porter é um estilo híbrido entre a tradicional Porter inglesa, mas feita com fermentos da Lager, utilizado nos países do mar Báltico (Letônia, Lituânia, Estônia, Finlândia,...). Para minha sorte, fui gentilmente presenteado com uma
garrafa dessas que estou experimentando neste exato momento, aproveitando uma
noite chuvosa e com temperatura mais amena, ideal para esse estilo de cerva. Bastante carbonatada, 8,0% e 40 IBU, tem espuma persistente e uma coloração marron escura. A grande surpresa foi a identificação
de coco queimado entre os maltes torrados característicos do estilo. Outra
cerveja que surpreendeu positivamente o paladar.<br />
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
E
foi com esse repertório de artesanais que nos últimos meses Evandro Bertol deixou de fazer cerveja
exclusivamente para consumo próprio e passou a entregar cervejas na
Mecânica em Pato Branco, cidade natal onde encontrou espaço na Mecânica Meat’n
Beer para isso. Ciente do potencial, atualmente está em busca de algum local para que possa produzir sua cerveja ao melhor estilo de um cervejeiro cigano [2]. Com essas qualidades de suas cervejas, certamente terá público em Curitiba. Os apreciadores de cerveja artesanal como eu
agradecerão.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<span style="font-size: x-small; text-align: justify;">Notas </span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: x-small;"><i>[1] Off flavors</i> são sabores
indesejáveis em uma cerveja, defeito proveniente do processo de fabricação, ou
do envasamento ou ainda armazenamento. Esses defeitos são <span style="background: white; color: #555555; font-family: "arial" , sans-serif;">sensorialmente perceptíveis e seus aromas e sabores estão
descritos na roda sensorial de atributos. Sobre a roda sensorial, abordaremos
em outra postagem.</span> Muitos blogs e livros abordam o tema devido à sua
importância, como por exemplo: <a href="http://www.escoladacerveja.com.br/voce-sabe-o-que-sao-os-off-flavors-das-cervejas/">http://www.escoladacerveja.com.br/voce-sabe-o-que-sao-os-off-flavors-das-cervejas/</a></span><o:p></o:p><br />
<br />
<span style="font-size: x-small;">[2] Cervejeiros ciganos são aqueles artesanais que, visando ampliar a capacidade de produção, acabam alugando espaço disponível em outras cervejarias. Para ir mais longe: http://www.gazetadopovo.com.br/bomgourmet/o-que-sao-e-como-funcionam-cervejarias-ciganas/ </span></div>
Paulo Burianhttp://www.blogger.com/profile/07505773179450382133noreply@blogger.com0Rebouças, Curitiba - PR, Brasil-25.452128938091615 -49.269196936523429-25.459297938091616 -49.279281936523425 -25.444959938091614 -49.259111936523432tag:blogger.com,1999:blog-1590161030444821477.post-46123663135987820082017-02-02T18:34:00.006-08:002021-03-15T18:14:44.559-07:00Turbinada no Pilarzinho, Curitiba<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://2.bp.blogspot.com/-0lARuPHJt3Y/WJR4Xr2T0lI/AAAAAAAAbz8/Xb1yukLgH8Uog-5EYlNOoAXDLVCzHWOdgCLcB/s1600/turbinada.JPG" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://2.bp.blogspot.com/-0lARuPHJt3Y/WJR4Xr2T0lI/AAAAAAAAbz8/Xb1yukLgH8Uog-5EYlNOoAXDLVCzHWOdgCLcB/s400/turbinada.JPG" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A recomendada Pilsen Turbinada, degustada na frente da Beer Store</td></tr>
</tbody></table>
<span face=""verdana" , sans-serif" style="background: white; color: #333333; font-size: 9pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face=""verdana" , sans-serif" style="color: #333333;"><span style="background-color: white;"><span style="font-size: 12px;">Dentro do universo das cervejas artesanais, Curitiba tem se destacado cada vez mais. Não é à toa que no livro "As 100 Melhores Cervejas Brasileiras", do cervejeiro Maurício Beltramelli,</span><span style="font-size: 12px;"> nada menos do que 24 cervejas paranaenses aparecem entre as 100 (sendo que apenas uma dessas - Insana, de Palmas, não é feita em Curitiba ou na sua região metropolitana).</span></span></span><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face=""verdana" , sans-serif" style="background: white; color: #333333; font-size: 9pt;">Diante desse cenário, parte do espaço virtual do presente blog será usado para desvendar o mundo das cervejas artesanais em Curitiba e região, identificando além das suas cervas, o histórico de cada cervejaria e seus os atores. Quem já
está habituado a esse universo, muito provavelmente já conhece as mais famosas tais como a Bodebrown, a Way, a Klein ou ainda a Bier Hoff (talvez
uma das mais antigas).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face=""verdana" , sans-serif" style="background: white; color: #333333; font-size: 9pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face=""verdana" , sans-serif" style="background: white; color: #333333; font-size: 9pt;">Mas gostaria de iniciar falando de
uma cervejaria menos conhecida, com produção ainda em menor escala, mas que
definitivamente caiu no gosto não só deste que aqui escreve, mas de todos que já a conhecem. Trata-se da <a href="https://www.facebook.com/cervejaTurbinada/">Turbinada</a>,
que há poucos meses instalou sua primeira unidade (chamada Beer Store) na região entre Bom Retiro,
Vista Alegre e Pilarzinho, norte de Curitiba. Para quem, como eu, mora e trabalha naquele lado
da cidade e é um apaixonado pela cerveja artesanal, a abertura da Turbinada na
região teve um papel estratégico, me poupando ter que cruzar a cidade para abastecer meu growler. Contando com garrafas (para levar ou tomar), copos,
growlers (vidro ou inox) e outros souvenires cervejeiros, o destaque fica
por conta das seis torneiras na trave que servem tanto pra encher os copos de quem
quiser tomar no pequeno e aconchegante espaço, como também para encher os
growlers de quem quiser levar pra casa. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face=""verdana" , sans-serif" style="background: white; color: #333333; font-size: 9pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face=""verdana" , sans-serif" style="background: white; color: #333333; font-size: 9pt;">Eu, que antes da inauguração dessa Beer Store tinha degustado uma garrafa da Turbinada (IPA no caso)
apenas uma vez, tratei logo de me aprofundar nas suas características e posso
dizer que acabei me tornando um cliente assíduo, curioso para descobrir a sua
origem e aqui compartilhar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://4.bp.blogspot.com/-vZgP8VaDqKE/WJPpsbHvBUI/AAAAAAAAZEc/X-1-8cw2RXAu6jPJZh_yEcbv0qrOj6oRQCLcB/s1600/IMG_1290%2B%25281%2529.JPG" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="https://4.bp.blogspot.com/-vZgP8VaDqKE/WJPpsbHvBUI/AAAAAAAAZEc/X-1-8cw2RXAu6jPJZh_yEcbv0qrOj6oRQCLcB/s200/IMG_1290%2B%25281%2529.JPG" width="165" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Campagnolo e Sil junto da trave</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face=""verdana" , sans-serif" style="background-color: white; color: #333333; font-size: 9pt;">A sua história começou, efetivamente por volta
de 2012, 2013, quando um grupo de amigos decidiu fazer sua própria
cerveja. Depois de passarem um tempo “namorando” um curso na Bodebrown, mas sem
efetivamente fazerem, um deles, Campagnolo entrou em contato com Jacir
Cavalheiro (1), o mestre cervejeiro da Bier Hoff e solicitou ajuda. Jacir topou, providenciou
todo equipamento (passou a conta depois, obviamente) e agendou um domingo cedo
na casa do próprio Campagnolo para fazerem a primeira cerveja artesanal do
grupo, no caso uma IPA. Depois dessa primeira experiência, Campagnolo e sua
turma se animaram e voltaram a fazer outras levas de cerveja artesanal no
quintal de sua casa. A produção ainda era pequena e buscava atender
apenas o consumo deles mesmo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face=""verdana" , sans-serif" style="background: white; color: #333333; font-size: 9pt;"><br /></span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-r_k_xijV4K8/WJPoIu9s8fI/AAAAAAAAZDk/Il0uSvUBZXEpEMZS3Nfc9i-MLy5oWtclgCLcB/s1600/IMG_1291.JPG" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="https://1.bp.blogspot.com/-r_k_xijV4K8/WJPoIu9s8fI/AAAAAAAAZDk/Il0uSvUBZXEpEMZS3Nfc9i-MLy5oWtclgCLcB/s200/IMG_1291.JPG" width="174" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Cartaz com os 5 amigos que iniciaram </td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face=""verdana" , sans-serif" style="background: white; color: #333333; font-size: 9pt;">Com o passar do tempo, cada um foi seguindo seu
rumo, mas Campagnolo resolveu seguir em frente, fazendo cursos (na Bodebrown) e ampliou gradativamente a produção. O curioso é que os outros quatro têm ascendência
alemã (Lisenberg, Schimmel, Deger e Weihermann) e quem ficou
tocando o projeto foi justamente o “italiano” do grupo (de quem poderia menos
se esperar que virasse um produtor de cerveja). O nome surgiu de uma
brincadeira entre amigos que achavam a cerveja forte, ou seja, era “turbinada”.
O nome pegou e foi adotado.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face=""verdana" , sans-serif" style="background: white; color: #333333; font-size: 9pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face=""verdana" , sans-serif" style="background: white; color: #333333; font-size: 9pt;">Com uma produção cigana, há algum tempo a Turbinada deixou de ser produzida no quintal da casa de Campagnolo e da sua companheira Sil e inicialmente fizeram algumas brassagens na Bodebrown. Depois se transferiram para a Swamp e atualmente produzem na Swamp e na Bier Hoff.</span><br />
<span face=""verdana" , sans-serif" style="background-color: white; color: #333333; font-size: 9pt;"><br /></span>
<span face=""verdana" , sans-serif" style="background-color: white; color: #333333; font-size: 9pt;">Fiel à filosofia dos bons cervejeiros artesanais, em
sua Beer Store, além de sempre terem
disponíveis duas ou três torneiras com suas cervejas (uma Pilsen, uma Weiss e
ainda um outro estilo), a Beer Store da Turbinada reserva as torneiras restantes para seus colegas
cervejeiros da Swamp, da Bodebrown, da Ignorous entre outras.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face=""verdana" , sans-serif" style="background: white; color: #333333; font-size: 9pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face=""verdana" , sans-serif" style="background: white; color: #333333; font-size: 9pt;">Além de uma Pilsen, que eu diria que está entre
as melhores dentre as artesanais (esse estilo que acabou sendo injustamente
renegado, pagando o preço pelo fato das <i>Standard Lagers </i>usarem sua denominação),
de uma Weizen e Blond Ale(essas quase sempre disponíveis nas torneiras), a
Turbinada apresenta ainda garrafas Stout, IPA entre outras. O destaque, na minha opinião, fica por
conta da Turbinada Retrô Beer Palo Santo, uma Strong ale (estilo inglês), com
alto teor alcoólico (entre 8 e 12%), forte, com muita personalidade.
Literalmente, uma cerveja turbinada para ser degustada gole a gole.
Espetacular. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face=""verdana" , sans-serif" style="background: white; color: #333333; font-size: 9pt;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://2.bp.blogspot.com/-PBNsN8winOA/WJPpGnAKzPI/AAAAAAAAZEA/r5w8IlRtfZkDOaVYMUJUMTd-H5xSn81bgCLcB/s1600/IMG_1294%2B%25281%2529.JPG" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="152" src="https://2.bp.blogspot.com/-PBNsN8winOA/WJPpGnAKzPI/AAAAAAAAZEA/r5w8IlRtfZkDOaVYMUJUMTd-H5xSn81bgCLcB/s320/IMG_1294%2B%25281%2529.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Alguns estilos disponíveis, com o destaque Palo Santos no canto direito</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face=""verdana" , sans-serif" style="background: white; color: #333333; font-size: 9pt;">Como não tem cozinha no local, a Turbinada mantém uma
parceria com o Schmmel (de um dos cinco amigos cervejeiros citados anteriormente), bar alemão situado a poucos metros, que serve seus
pratos para os clientes na cervejaria. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face=""verdana" , sans-serif" style="background: white; color: #333333; font-size: 9pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face=""verdana" , sans-serif" style="background: white; color: #333333; font-size: 9pt;">Ah...e como som ambiente, um bom e velho rock’n
roll da melhor qualidade, muitas vezes proveniente de velhos vinis na vitrola
local. Tudo isso com um atendimento familiar que te deixa em casa.</span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face=""verdana" , sans-serif" style="background: white; color: #333333; font-size: 9pt;">Embora recente, a Turbinada vem desempenhando
um importante papel na difusão da cultura cervejeira. Sem a pretensão de
crescer, quer mesmo ser conhecido como a cervejaria do Pilarzinho, ao melhor
estilo da campanha #bebalocal. Que essa cervejaria tenha vida longa! <o:p></o:p></span><br />
<span face=""verdana" , sans-serif" style="background: white; color: #333333; font-size: 9pt;"><br /></span>
<span face=""verdana" , sans-serif" style="background: white; color: #333333; font-size: 9pt;">Notas: (1) A história da Bier Hoff e do seu mestre cervejeiro que influenciou a emergência de outras cervejarias merecerá uma postagem específica posteriormente.</span></div>
Paulo Burianhttp://www.blogger.com/profile/07505773179450382133noreply@blogger.com0Vista Alegre, Curitiba - PR, Brasil-25.4027510894103 -49.282929846679679-25.417094089410302 -49.303099846679679 -25.3884080894103 -49.262759846679678tag:blogger.com,1999:blog-1590161030444821477.post-5042326303303834172017-01-29T16:06:00.005-08:002017-02-17T05:03:20.791-08:00A revolução da cerveja artesanal em Saint Louis, EUA<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://3.bp.blogspot.com/-GWjmRt7i58g/WI6A7bS9dtI/AAAAAAAATcA/QY3gujwV5PgbFET-kP-7ymqoG-BBM-V2wCLcB/s1600/craftinganation.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://3.bp.blogspot.com/-GWjmRt7i58g/WI6A7bS9dtI/AAAAAAAATcA/QY3gujwV5PgbFET-kP-7ymqoG-BBM-V2wCLcB/s320/craftinganation.jpg" width="228" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Cartaz do filme "Os Novos Mestres Cervejeiros" (Netflix)</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Hoje
gostaria de indicar o filme “Os Novos
Mestres Cervejeiros” (1), disponível no Netflix, para todos aqueles interessados na revolução em curso da cerveja artesanal (trailer: <a href="https://www.youtube.com/watch?v=mJjTyz9aEsI">https://www.youtube.com/watch?v=mJjTyz9aEsI</a>).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Trata-se de um documentário que aborda o universo e os bastidores de cervejeiros artesanais em
diferentes cidades dos EUA (nós não estamos sós!). Tendo como fio condutor a luta e empenho pessoal
para a construção da <a href="https://www.blackshirtbrewingco.com/">Black Shirt</a> em Denver (Colorado), o filme discorre sobre a emergência e o fortalecimento de
cervejarias artesanais naquele país, transcendendo o aspecto da cerveja em si e de suas qualidades, para identificar a filosofia por trás desse movimento. Os casos relatados abordam diferentes áreas dos EUA, passando desde Chico (Califórnia), na costa
oeste, até Boston (Massachusetts), no extremo oposto da costa leste. Um dos casos abordados é da
cervejaria <a href="http://schlafly.com/#">Schlafly</a>, que em 1991 teve a audácia, digamos assim, de se
estabelecer em Saint Louis (Missouri), justamente a cidade onde funcionava a sede
mundial da Budweiser (hoje Anheuser-Busch InBev - AB Inbev, a gigante do
setor que dispensa apresentação). <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-TCKXbYmHxr4/WI6ACfo8lwI/AAAAAAAATb0/Cr0ChEsQ0FA6BeoCg-bvbntbYPggjo2AACLcB/s1600/IMG_0460%2B%25282%2529.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="205" src="https://1.bp.blogspot.com/-TCKXbYmHxr4/WI6ACfo8lwI/AAAAAAAATb0/Cr0ChEsQ0FA6BeoCg-bvbntbYPggjo2AACLcB/s320/IMG_0460%2B%25282%2529.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Na frente da Schlafly, em Saint Louis, com meu cunhado.</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
A partir de um velho e abandonado barracão de Saint Louis, a Schlafly se instalou mesmo diante de
perspectivas nada favoráveis (como é que enfrentariam a fortíssima Budweiser no seu próprio quintal?). Entretanto, conseguiram se
estabelecer e hoje suas cervejas como a Pale Ale e a Dry Hopped Apa (entre outras tantas) tem fãs não
só locais como no mundo inteiro, como eu aqui. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Em 2013 tive a oportunidade de
conhecer pessoalmente essa cervejaria quando fui visitar minha irmã que reside em Saint
Louis. Depois de devidamente apresentados a suas maravilhosas cervejas por meu cunhado, eu
e minha esposa tivemos o privilégio de conhecermos a fábrica da Schlafly.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-RLfqLBoCzKk/WI5-awN8M4I/AAAAAAAATbk/9HeSRlxysCA3Io44PDCELWF0C1F0dumxwCLcB/s1600/11280253_559922820817213_472882211_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="https://1.bp.blogspot.com/-RLfqLBoCzKk/WI5-awN8M4I/AAAAAAAATbk/9HeSRlxysCA3Io44PDCELWF0C1F0dumxwCLcB/s200/11280253_559922820817213_472882211_n.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Schlafly degustada em seu copo adquirido na fábrica </td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
No
local, hoje já bem estruturado, funciona um restaurante com uma vasta carta de
cervejas da Schlafly no barril, ou, como se diz em muitos lugares, <i>on tap </i>(2). Depois de almoçarmos no
local, fizemos um tour, fomos apresentados à sua história
e pudemos degustar diversos tipos de cervejas fabricadas no local. Confesso que fiquei encantado na época pela Dry Hopped Apa. Uma explosão de lúpulos, que concilia alto amargor com um final muito agradável. Como bons
turistas cervejeiros, ainda saímos do local com alguns souvenires, tais como
copo tulip, camiseta e bolachas para copos (além, é claro, de algumas garrafas). <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Esse
turismo cervejeiro é algo que, definitivamente, merece atenção especial. Aqui
no Brasil, pouco a pouco, as cervejarias artesanais têm percebido a importância
desse aspecto. Em Curitiba, cervejarias como a Bodebrown, Way e Klein, entre
outras, desenvolvem atividades turísticas, aspecto que merecerá postagens específicas mais adiante. Mas ainda assim há muito a ser feito nesse sentido. Com um número de
adeptos cada vez maior, a cultura cervejeira artesanal tem sim um imenso potencial
turístico a ser explorado. A revolução artesanal também é turistica.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://4.bp.blogspot.com/-9t-M2O9U2Lo/WI5_77WoFNI/AAAAAAAATbw/ez1X5QFZ43sSxFwVrvx-63uwYdlROFU1wCLcB/s1600/IMG_0467%2B%25282%2529.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://4.bp.blogspot.com/-9t-M2O9U2Lo/WI5_77WoFNI/AAAAAAAATbw/ez1X5QFZ43sSxFwVrvx-63uwYdlROFU1wCLcB/s320/IMG_0467%2B%25282%2529.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Exposição de itens que fazem parte da história da Schlafly</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Por fim,
outro aspecto que chama atenção no documentário “Os Novos
Mestres Cervejeiros”, é que a região onde a Schlafly se estabeleceu era até então uma
das mais desvalorizadas de Saint Louis. Com o sucesso dessa cervejaria (contrariando as expectativas negativas), ocorreu um processo de transformação
urbana nas redondezas que teve como vetor principal justamente a instalação da cervejaria. Ou seja, a audaciosa
atitude de ser criadores resultou não apenas em novas opções de boas cervejas,
mas também na valorização urbana daquela parte da cidade. Ainda bem que seus
criadores não se intimidaram diante dos obstáculos e
insistiram no sonho. Os consumidores como eu agradecem.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="text-indent: -18pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="text-indent: -18pt;">(1) Original em inglês: "Crafting a Nation"</span></span><br />
<span style="font-size: x-small;"><span style="text-indent: -18pt;"><br /></span></span>
<span style="font-size: x-small;"><span style="text-indent: -18pt;">(2)</span><span style="font-stretch: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal; text-indent: -18pt;">
</span><span style="text-indent: -18pt;">Para quem não é habituado com o universo
cervejeiro artesanal, vale a pena conhecer essa explicação sobre o que
diferencia cerveja engarrafada daquela que está no barril. Nem sempre a que
está na garrafa é pasteurizada (que poderia fazer com que ela perdesse um pouco
do seu frescor) assim como nem sempre a que é servida diretamente do barril não
é pasteurizada. Para entender um pouco mais: </span><span style="text-indent: -18pt;"> </span><span style="text-indent: -18pt;"><a href="http://www.felicidadeliquida.com.br/2015/03/o-mito-da-cerveja-on-tap.html">http://www.felicidadeliquida.com.br/2015/03/o-mito-da-cerveja-on-tap.html</a></span></span></div>
<div class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p></o:p></div>
Paulo Burianhttp://www.blogger.com/profile/07505773179450382133noreply@blogger.com1San Luis, MO, EUA38.6270025 -90.199404238.230193 -90.844851200000008 39.023812000000007 -89.5539572tag:blogger.com,1999:blog-1590161030444821477.post-57790341412216798012017-01-27T13:33:00.000-08:002017-02-17T05:03:55.195-08:00Witbier em Pato Branco e outras surpresas em uma oficina mecânica.<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-UJP57iiCdiY/WIqvKRijKyI/AAAAAAAATaE/whTNEsW7zSEuyc3QEESC3m0OMHaEX9pLwCLcB/s1600/FullSizeRender%2B%25282%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="241" src="https://1.bp.blogspot.com/-UJP57iiCdiY/WIqvKRijKyI/AAAAAAAATaE/whTNEsW7zSEuyc3QEESC3m0OMHaEX9pLwCLcB/s320/FullSizeRender%2B%25282%2529.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Mecânica Meat'n Beer em Pato Branco, PR</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Em viagem
de trabalho na região sudoeste do Paraná, estive uns dias em Pato
Branco. Trata-se de uma agradável cidade de aproximadamente 75.000 habitantes,
terra natal do Rogério Ceni e do Alexandre Pato. Mais conhecida pela sua
colonização de gaúchos e pelas ruas floridas do que por ser também terra de
cervejas artesanais, cheguei à cidade sem maiores perspectivas. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Mas
bastou um passeio pela cidade e uma pesquisa no Google para descobrir
que a revolução das cervejas artesanais fincou sua bandeira por essas terras também.
Depois de passar por um barzinho que tinha chope da Insana (cerveja artesanal
da Palmas, cidade perto de Pato Branco), me animei para pesquisar um
pouco e descobri um bar especializado em cervejas artesanais chamado <a href="https://www.facebook.com/mecanicameatnbeer/">MecânicaMeat‘n Beer</a>, que possui seis torneiras com variadas cervejas artesanais (além de bons hamburgers). Para que é adepto da boa cerveja artesanal, é fundamental encontrar bares como esses, pois são os locais onde encontramos aquelas que, devido à pequena produção, ainda não engarrafam. <o:p></o:p><br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-NOa4qUnsHkE/WIu7FAvUMHI/AAAAAAAATaY/i46qr6kIw7ACLO1yAL8l6Jy-xTwBcWySgCLcB/s1600/IMG_1141.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://1.bp.blogspot.com/-NOa4qUnsHkE/WIu7FAvUMHI/AAAAAAAATaY/i46qr6kIw7ACLO1yAL8l6Jy-xTwBcWySgCLcB/s320/IMG_1141.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Cervejas disponíveis no dia em que estive no Mecanica Meat'n Beer</td></tr>
</tbody></table>
Deixando
de lado as boas cervejas da Bierbaum de Treze Tílias (porque essas eu tenho oportunidade
de tomar em outros locais), optei por começar os trabalhos com uma produção local de Pato Branco: IPA Jardim Elétrico, da Tomeini. Bem lupulada como uma boa IPA deve ser, o simpático nome remete a uma antiga banda de rock da cidade de
Pato Branco que, por sinal, carrega o nome de um dos discos dos Mutantes, em uma clara demonstração de qual som era sua boa influência. Pelo que pude descobrir, ela foi feita por um dos integrantes da
banda que resolveu homenageá-la com sua IPA. Já o nome da banda refere-se ao clássico
disco dos Mutantes. Confesso que não conhecia, mas fui pesquisar e gostei
do que ouvi. Lembra muito conjuntos de rock psicodélico dos anos 1970 (recomendo
a canção Benedicto para conhecer: <a href="https://www.youtube.com/watch?v=IJBwHT8JDrc">https://www.youtube.com/watch?v=IJBwHT8JDrc</a>). O produtor dessa cerveja é um dos integrantes da banda. Enfim, a Jardim Elétrico IPA é mais uma prova de que a boa cerveja costuma
estar acompanhada pela música de igual qualidade (1).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-2NTtKr57IB0/WIu7ZQs9jeI/AAAAAAAATac/RsGqXvfaF-wV8-KKf4Hwp0Xx1tINeIXUQCLcB/s1600/jardimeletrico1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="126" src="https://1.bp.blogspot.com/-2NTtKr57IB0/WIu7ZQs9jeI/AAAAAAAATac/RsGqXvfaF-wV8-KKf4Hwp0Xx1tINeIXUQCLcB/s400/jardimeletrico1.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Jardim Elétrico dos Mutantes, que inspirou a banda de Pato Branco, que batizou o chope IPA</td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
As
outras duas que tomei são feitas em Curitiba mas por um cidadão de Pato Branco. Trata-se
da Bertol que até então não conhecia. Primeiro experimentei a âmbar lager, bem maltada, com aquela cor
clássica que caracteriza essa cerveja de boa drinkability.<br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://3.bp.blogspot.com/-DWR5wv-qC2Y/WIu72A0yW7I/AAAAAAAATak/EsQVqDa-NegDI-RSSS3kgZYvVQmzwqgcgCLcB/s1600/IMG_1142.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><img border="0" height="320" src="https://3.bp.blogspot.com/-DWR5wv-qC2Y/WIu72A0yW7I/AAAAAAAATak/EsQVqDa-NegDI-RSSS3kgZYvVQmzwqgcgCLcB/s320/IMG_1142.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Siciliana Witbier</td></tr>
</tbody></table>
Para finalizar a
noite, a grande surpresa da noite: Siciliana Witibier. O aroma de limão
siciliano já se destaca antes mesmo do primeiro gole (trouxe lembrança
olfativas de caldo de cana com limão que tomava quando era criança, bem
lembrado por um amigo presente). Trata-se de uma witbier que utiliza casca de limão siciliano ao invés
da casca de laranja junto com a semente de coentro.
Ou seja, uma cerva fiel ao clássico e refrescante estilo belga, mas que
conseguiu, através de uma pequena adaptação, surpreender com um resultado
magnífico. Deu vontade de parabenizar o
fabricante pessoalmente por essa obra prima, mas infelizmente ele nem página em
redes sociais mantém. Mas vou pesquisar mais descobrir mais detalhes. Para quem
estiver ingressando na cervejas artesanais, as witbier estão sempre entre as
melhores opções por sua leveza e refrescância.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-DWR5wv-qC2Y/WIu72A0yW7I/AAAAAAAATak/EsQVqDa-NegDI-RSSS3kgZYvVQmzwqgcgCLcB/s1600/IMG_1142.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><br /></a></div>
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Fui
embora antes de experimentar todas que desejava. No final, incluíram entre as
opções uma Thai Weiss com gengibre da Barco Brewers que me deixou curioso. Fica
para a próxima.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
A
história do bar é um capítulo a parte. Isabella e Raphael “Cherpa”, após
engravidarem, resolveram que era hora de largar o estresse e insegurança da
cidade grande em Curitiba e partir para uma vida nova em uma cidade com melhor qualidade de vida, mas
que ainda tivesse opções para lazer e educação. A escolhida foi Pato Branco, onde
encontraram em uma velha oficina mecânica um local ideal para que fosse
devidamente adaptado para se transformar na cervejaria Mecânica Meat’n Beer, contribuindo
para a difusão da cerveja artesanal. Com um ambiente que, mesmo repleto de
artigos antigos e quadros de rock, consegue ser clean, acertaram em cheio a mão
na decoração também. Enfim, muito bom ver a cultura cervejeira artesanal
expandindo suas fronteiras além das capitais. Isso sim é o verdadeiro espírito
da revolução artesanal. Que esse espaço tenha sucesso! </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="text-indent: -18pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="text-indent: -18pt;">(1)</span><span style="font-stretch: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal; text-indent: -18pt;">
</span><span style="text-indent: -18pt;">Para conhecer mais sobre a Tomeini: https://www.facebook.com/TomeiniCervejasEspeciais/</span></span></div>
<div class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<o:p></o:p></div>
Paulo Burianhttp://www.blogger.com/profile/07505773179450382133noreply@blogger.com1Pato Branco, PR, Brasil-26.2297202 -52.671135600000014-26.457680699999997 -52.993859100000016 -26.0017597 -52.348412100000012